A segunda geração do Renault Duster tardou um bocado, mas não falhará em chegar ao Brasil.
Eduardo Skrock, leitor de QUATRO RODAS e morador de Curitiba (PR), região metropolitana onde está localizada a fábrica da marca francesa – o complexo fica em São José dos Pinhais -, flagrou um protótipo rodando quase sem camuflagem pela capital paranaense.
As imagens denunciam que o SUV está pronto para ganhar as ruas. E, conforme apurado por QUATRO RODAS junto a fornecedores, o lançamento acontecerá no primeiro semestre de 2020.
Skrock conseguiu fazer fotos de frente, de traseira e também de alguns detalhes internos do modelo.
A dianteira, obviamente, terá uma grade diferente em relação ao novo Dacia Duster europeu, alinhando o visual à atual identidade da Renault. Isso também forçará mudanças nos contornos superiores e vincos do para-choque.
O formato de faróis é igual, embora haja possíveis diferenças nos arranjos internos das luzes halógenas.
Já a traseira será idêntica à do modelo que recebe a insígnia da marca de baixo custo romena, incluindo lanternas com uma pegada “quadradinha” que parecem bastante inspiradas no Jeep Renegade.
É uma nova geração ou não é?
Esta é a grande discussão que permeará o lançamento do novo Duster. A julgar pelo fato de que o SUV manterá a antiga plataforma B0 e quase não sofrerá alterações de dimensões, a resposta seria não.
Na Europa, o Duster ganhou 0,5 cm de comprimento e 1 cm de altura, perdendo 0,2 cm de largura. A distância entre os eixos, porém, fica estagnada nos mesmos 2,67 metros de outrora.
Por outro lado, há muitas outras atualizações de carroceria: os moldes de praticamente todas as estampas diferem total ou parcialmente. O capô é mais elevado e arredondado.
A coluna A é mais inclinada, mudança estrutural importante, o que também levou à adoção de um novo desenho para as portas dianteiras.
A linha de cintura passará a ser ascendente e os vincos laterais acompanharão de maneira mais clara os contornos de portas e para-lamas. Até as soleiras são novas.
Entretanto, a tampa do porta-malas talvez seja a área que mais recebeu modificações: seus vincos delineiam as lanternas e sua faixa superior é proeminente em relação ao nicho de placa.
Por dentro, painel, volante e guarnições também são inteiramente novos.
A motorização receberá outro incremento importante: segundo o site Autos Segredos, o atual motor 2.0 quatro-cilindros naturalmente aspirado de 148 cv será substituído por um 1.3 turbo flex da família TCe, também tetracilindro, porém com injeção direta e potência na casa de 170 cv. Ele virá aliado a câmbio tipo CVT.
Nas versões mais baratas, o Duster manterá o atual 1.6 SCe de 120 cv com etanol, em opções manual ou automática continuamente variável.