Filme transforma Fiat Uno em carro falante e manipulador à la Christine
Neste filme, um Fiat Uno dá nome ao personagem principal e se revolta contra uma lei que proíbe a circulação de carros antigos
Nem precisa de escada no teto para assustar os outros. O filme Carro Rei, já em cartaz nos cinemas brasileiros e ganhador do Festival de Gramado 2021 tem um Fiat Uno no centro de sua história.
O jovem Uno (Luciano Pedro Jr) foi batizado em homenagem ao carro em que ele nasceu a caminho da maternidade. Justamente o Fiat Uno que era usado na empresa de táxi da família.
O rapaz ainda tem o dom de se comunicar com os carros e seu melhor amigo de infância é o carro, dono de uma inteligência extraordinária.
–A história, porém, é diferente do clássico “Christine, o Carro Assassino”, de 1983. Em vez do jovem transformar o carro por ter uma obsessão por ele, faz isso para burlar uma nova lei que proíbe a circulação de carros velhos – o que colocaria a empresa de táxi do seu pai em perigo.
É com a ajuda do tio mecânico Zé Macaco (Matheus Nachtergaele) que o velho Fiat Uni é transformado no “Carro Rei”, um carro que parece ter sido reformado pelo Lata Velha e que pode falar, ouvir e apaixonar.
“É uma fábula sobre a condição humana num mundo cada vez mais antinatural e tecnológico. Quando nossa realidade parece se tornar cada vez menos verossímil, talvez não seja de todo absurdo a possibilidade de se vislumbrar no fantástico uma forma potente de fabulação crítica da realidade. O estranho, bizarro ou improvável, e também o que desperta o riso, são os principais aspectos políticos do meu filme”, explica a diretora, Renata Pinheiro.
O longa Carro Rei tem 97 minutos e estrou em cartaz na última quinta-feira, 30.