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Fiat é suspeita de fraude em motores diesel na Europa

Publicação alemã afirma que sistema de controle de emissões burlava testes depois de 22 minutos

Por Diego Dias
Atualizado em 23 nov 2016, 20h57 - Publicado em 27 abr 2016, 15h08
Fiat 500X
Motor diesel MultiJet do Fiat 500X comercializado na Europa ()

Após o escândalo do “dieselgate”, onde foi descoberto que veículos da Volkswagen com motor diesel emitiam mais poluentes do que o permitido por lei, agora há a suspeita de mais uma montadora fraudar testes de emissões de poluentes: a Fiat. De acordo com o jornal alemão Bild am Sonntag, há a suspeita que a marca do grupo FCA também possa ter usado um método para fraudar os testes de emissões nos seus carros equipados com motores a diesel.

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Sem revelar o modelo especificamente testado, a Autoridade Federal de Transporte Motorizado (KBA, na sigla em alemão) constatou que o veículo da Fiat com propulsor diesel contava com um sistema de controle de emissões que atuava por até 22 minutos, sendo que os testes realizados pelo laboratório duram, no máximo, 20 minutos. Ou seja, o dispositivo seguia os padrões de limites de emissões “dentro” da lei por dois minutos a mais do que o exigido, possibilitando que o carro liberasse, após 22 minutos, uma maior quantidade de óxido de nitrogênio do que o permitido por lei. Com esse indício, a publicação afirma que a fabricante italiana possa estar usando tal dispositivo para mascarar suas emissões para passar nos testes.

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O órgão KBA e as demais autoridades alemãs dão seguimento às investigações da possível fraude na Fiat. Além da suspeita por parte da Autoridade Federal de Transporte Motorizado, o jornal relatou que a Bosh teria informado ao órgão de que a Fiat estaria utilizando um mecanismo que desativaria os controles de emissões.

Embora os testes de emissões europeus sejam rigorosos, há uma manobra chamada de “janela térmica”, dentro da lei, que permite que as montadoras possam desacelerar o sistema de controle de emissões com o objetivo de proteger o motor de condensação e outros danos. E isso tem sido recentemente realizado pelas fabricantes na Europa. Mas até o momento, não é confirmado se essa é a situação da Fiat.

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