O novo presidente da Ferrari, Sergio Marchionne, revelou seus planos para a marca após a saída do antigo comandante, Luca di Montezemolo. Rumores indicam que a relação entre eles andava conturbada há tempos, culminando na troca de comando da empresa.
Marchionne, que assumirá o cargo oficialmente no dia 13 de outubro, declarou que pretende aumentar gradativamente a produção de veículos como a LaFerrari para atender à crescente demanda pelos modelos da marca no mundo todo.
“Precisamos ter condições de acompanhar a demanda do mercado. Caso contrário, a lista de espera ficará cada vez mais longa, e as pessoas podem acabar desistindo da compra”, afirmou, à agência de notícias Bloomberg.
A filosofia de Marchionne é completamente oposta à filosofia de trabalho de Montezemolo, que havia limitado a produção anual da Ferrari a sete mil unidades para preservar o caráter de exclusividade da marca – este pensamento, aliás, teria sido um dos motivos principais de sua saída. Em maio, Marchionne já havia declarado que a Ferrari poderia vender até 10 mil veículos por ano, e esta deve ser sua meta daqui para frente.
A alteração no comando da Ferrari também pode mudar seu posicionamento dentro do grupo Fiat. Enquanto Montezemolo nunca escondeu a vontade de não associar a imagem da Ferrari junto a Fiat, Marchionne afirmou que uma aproximação não seria anormal. “As pessoas nunca devem subestimar a importância da Ferrari dentro do grupo. Como vem acontecendo há anos, a Fiat continuará nos norteando dentro do mercado”, disse.
A Ferrari espera um crescimento de 5% em suas vendas neste ano, ao mesmo tempo em que trabalha para agilizar o processo de produção e entrega de seus veículos. Atualmente, a Fiat possui 90% das ações da Ferrari, e Marchionne já ressaltou que não pretende vender ações da empresa de Maranello.