Ferrari 812 Superfast: o passado e o futuro dos GTs italianos
Sem sobrealimentação, motor V12 é o mais potente da história da Ferrari
A Ferrari apresentou a sucessora da F12berlinetta: a nova 812 Superfast. Com visual que lembra bastante as linhas gerais de sua antecessora, ela dá continuidade à linhagem de Gran Tourers da marca italiana, junto com a F12tdf, lançada no final de 2015. O novo carro será apresentado ao público oficialmente no Salão de Genebra, em março.
Sob o capô, os puristas vão se alegrar ao saber que ali há um V12 naturalmente aspirado, que teve a litragem aumentada para 6,5 litros (ante o antigo 6.3 da F12), gerando 800 cv a 8.500 rpm e 73,2 mkgf de torque a 7.000 rpm. Trata-se do V12 mais potente já feito pela Ferrari – no portfólio da marca, ela só fica atrás da híbrida LaFerrari e seus 963 cv.
Esse nível de desempenho foi alcançado graças ao uso de um sistema de injeção direta de alta pressão (350 bar) e coletores de geometria variável – esta última tecnologia é uma herança dos trabalhos da Ferrari na Fórmula 1, quando a categoria ainda empregava motores aspirados.
A transmissão é automatizada de dupla embreagem e sete marchas que despeja os 800 cv no eixo traseiro. Isso pode soar meio vintage, mas na realidade a 812 emprega o máximo de tecnologia: há um sistema de esterçamento nas quatro rodas, um modo drift aprimorado e, pela primeira vez na história da marca, um sistema de direção com assistência elétrica.
A Ferrari garante que dessa vez ficou satisfeita com o nível de feedback da direção elétrica, integrando-a com todos os outros controles eletrônicos do carro para melhorar as reações e a segurança ao volante.
Na aceleração de 0 a 100 km/h, a 812 Superfast seria capaz de marcar 2,9 segundos antes os 3,1s da F12, enquanto a velocidade máxima atingirá 340 km/h. O peso a seco é de 1.525 kg, com distribuição de 47% na dianteira e 53% na traseira.
Concebida pelo Centre Stile Ferrari, o visual da 812 Superfast é uma evolução da F12berlinetta. O design fastback traz elementos da clássica 365GTB4 de 1969. A carroceria totalmente nova se destaca pelos faróis com novo formato bumerangue e pelas inúmeras entradas e saídas de ar (inclusive um par bem próximo dos faróis) que atuam ativamente na aerodinâmica.
A traseira retoma as tradicionais quatro lanternas redondas (semelhantes aos da GTC4Lusso), bem como um spoiler integrado e quatro saídas de escape.
A cabine foi discretamente remodelada, trazendo uma evolução da F12 com novo volante, saídas de ar reposicionadas e novos botões do ar-condicionado, deixando o visual mais limpo, sem perder a agressividade e o ar tecnológico das Ferrari atuais.