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Estados Unidos querem adotar tecnologia que evita excesso de velocidade

Acidente ocorrido em 2022 levou as autoridades a recomendar a aplicação de dispositivo limitador de velocidade como padrão

Por Julio Cabral
Atualizado em 6 Maio 2024, 17h04 - Publicado em 21 nov 2023, 20h31
Velocímetro do Focus Ghia
O ISA pode funcionar de maneira passiva ou ativa (Reprodução/Quatro Rodas)
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Uma nova recomendação do Comitê de Segurança no Transporte Nacional (NTSB), órgão norte-americano de segurança nos transportes, indicou a necessidade de adoção de dispositivos que alertem aos condutores sobre o excesso de velocidade dos seus veículos. 

O NTSB recomendou à Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário (NHTSA) que o órgão reforce a necessidade da aplicação da tecnologia de redução do excesso de velocidade em todos os carros novos. 

Chamado de ISA (Intelligent Speed Assistance Technology, ou tecnologia de assistência inteligente de velocidade), o equipamento compara a localização do GPS do carro a um banco de dados com os limites das vias, além de utilizar câmeras a bordo para garantir a obediência às regras. O ISA utiliza alertas do tipo sonoro, visual ou háptico – no caso, vibração no volante. O NTSB recomendou aos fabricantes que instalem um dispositivo desse tipo.

Somado aos modos passivos de alerta, também há os ativos, uma classe que inclui mecanismos que tornam mais difícil, mas não impossível, ultrapassar o limite de velocidade, como também aqueles que impedem que o motorista faça isso. 

Segundo o NTSB, o excesso de velocidade resultou em 12.330 mortes de trânsito nos EUA somente em 2021, cerca de 1/3 das fatalidades registradas no trânsito no país.  

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A nova recomendação foi publicada junto com o exemplo de um desses casos fatais. Em janeiro do ano passado, um Dodge Challenger ultrapassou o sinal vermelho em um cruzamento na parte norte da cidade de Las Vegas, Nevada, a 165 km/h, conduta que causou um acidente que envolveu cinco outros veículos. Sete ocupantes de uma minivan morreram, sem falar do motorista e um passageiro do Challenger. O condutor estava sob efeito de cocaína e fenciclidina (droga conhecida como PCP), além de ter um longo histórico de infrações por excesso de velocidade. 

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Após uma longa investigação do acidente, o NHTSA fez algumas recomendações. Uma delas fala sobre a educação do público sobre os benefícios do ISA, o que inclui a obrigação da publicidade dos fabricantes incentivarem a adoção do dispositivo. 

Para completar, o organismo também pediu uma identificação e rastreio dos motoristas que receberam repetidas multas de velocidade, entre outras medidas.

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