É um carro? É um avião? Essa é a adaptação mais propícia nos dias atuais para a clássica frase do filme Super-Homem. Isso porque uma empresa americana inicia, no mês que vem, a pré-venda do primeiro carro voador do mundo, o Transition.
Restrita aos Estados Unidos por enquanto, as primeiras unidades serão entregues em 2019 pela Terrafugia, startup criada em 2006 por estudantes do reconhecido Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.
Em meados de 2017, a companhia foi adquirida pelo conglomerado da Geely, que detém marcas como Volvo e Lotus. O preço não foi divulgado e a compra do veículo exige licenças para dirigir e, claro, para pilotar aeronaves.
Serviços de compartilhamento de veículos, bicicletas e patinetes elétricos, e até aplicativos de viagens rápidas podem ser considerados o presente da mobilidade urbana. Porém, esse é um passo muito adiante.
O carro-avião tem capacidade para duas pessoas – piloto e passageiro –, autonomia de voo de 640 quilômetros, velocidade máxima de 160 km/h e pode chegar a uma altura máxima de 2.743 metros.
O tanque de combustível tem capacidade para levar 76 litros e o consumo é de 19 litros por hora.
O motor, fornecido pela Rotax, é 912iS. Trata-se de quatro cilindros (contrapostos) a gasolina com refrigeração dupla: a ar e líquida.
A potência é de pouco mais de 100 cv. Vale lembrar que ele necessita de uma pista de pouso/decolagem, como os aviões convencionais.
O CEO da Terrafugia, Chris Jaran, já afirmou que esse problema será solucionado em breve.
O segundo modelo da fabricante, TF-2 será apresentado também em outubro e, entre as principais novidades, será o sistema de propulsão vertical.
Com um simples apertar de um botão e em menos de um minuto, o motorista/piloto faz a transição do carro para avião – e vice-versa. E o melhor. Com as asas dobráveis, você não precisa de um hangar para guardá-lo.
Com três câmeras na parte traseira, a Terrafugia quer tornar as manobras de estacionamento menos complicadas.
No modo automóvel, o veículo se torna híbrido devido ao motor elétrico.
A companhia diz que a aeronave respeita as legislações de segurança com uma estrutura rígida, cintos de segurança, airbags e também paraquedas.
A companhia ainda afirma que todas as autorizações necessárias dos órgãos reguladores americanos foram obtidas para permitir o uso do Transition naquele País.