A Embraer está investindo pesado nos “carros voadores”, que nada mais é do que uma forma mais simpática de tratar os eVTOLS (aeronave elétrica de pouso e decolagem vertical). A empresa anunciou nesta quinta (20) que vai abrir a primeira fábrica brasileira para a fabricação deles em Taubaté, no interior de São Paulo.
Para isso, a Embraer vai atuar através de sua subsidiária, a Eve Air Mobility, que já tem 2.850 eVTOLS encomendados, dos quais 285 ficarão no Brasil. Entre os investidores estão empresas como United Airlines, SkyWest, Rolls-Royce, Thales e BAE Systems. O valor das vendas gira em torno dos R$ 8 bilhões.
“Dos 2.850 eVTOLs, 285 veículos são para o Brasil, dos quais cem para a Avantto, cinquenta para a Helisul, 40 para a FlyBIS, 25 para a Flapper e 70 para a Voar”, disse a Eve.
A produção será feita em uma nova planta, localizada dentro do complexo já existente da Embraer, em Taubaté, que será expandido. A prefeitura da cidade cedeu uma área de aproximadamente 130.000 m2, além de incentivos fiscais como isenções de IPTU e ISS. A escolha da cidade é estratégica, de acordo com a empresa, por estar localizada no eixo Rio-São Paulo-Minas e muito próxima de São José dos Campos, sede da Embraer.
Embora o anúncio já tenha sido feito, a Eve ainda aguarda liberação das autoridades para anunciar mais detalhes, como número de funcionários contratados, início da produção e aporte inicial de investimento. A Cetesb, por exemplo, informou que ainda não recebeu as solicitações para licença ambiental para produção ou expansão da área.
Entre os projetos, destaca-se a parceria entre a Eve e a United Airlines, anunciada no mês passado. As empresas pretendem iniciar as operações de táxi aéreo na cidade de São Francisco, na Califórnia, a partir de 2026. Em 2022, a empresa americana já havia anunciado um investimento de R$ 15 milhões na subsidiária da Embraer, além de um acordo para compra de 400 aeronaves.
Até lá, as duas empresas trabalham para viabilizar a operação dos ‘carros voadores’, criando um ecossistema adequado para a introdução dos veículos. Serão definidas as rotas aéreas urbanas e as áreas de destino e origem das viagens. A expectativa é que os testes dos voos em escala real comecem já em 2024, com a certificação dos eVTOLs chegando dois anos depois.