O Volkswagen ID.3 (ou o atraso para a chegada dele) poderá custar milhões em multas ao grupo alemão. Mas não por reclamações dos consumidores: o elétrico seria a salvação da empresa para baixar os níveis de emissões de poluentes neste ano.
“Neste momento, não podemos confirmar exatamente se cumpriremos as exigências”, diz Christian Dahlheim, chefe de vendas do conglomerado. Por sua vez, Frank Witter, chefe financeiro do grupo, afirma ter reservado 200 milhões “por segurança”.
O problema é que o hatch ecologicamente correto ainda não está disponível para os mais de 40.000 clientes que já fizeram uma reserva por conta de defeitos no software e tiveram que ser reparados – algumas das funções seguirão desativadas até 2021.
Para contornar a situação, o grupo Volkswagen até tentou firmar um acordo com a anglo-chinesa MG para assumir os créditos de carbono na União Europeia. Mas, com as baixas vendas desses modelos, a média de emissões baixou somente 0,3 g/km.
“Certamente seria incrível já estar em conformidade neste ano, mas estamos planejando a próxima década (de eletrificação e redução de poluentes). Se houver uma pequena perda, não será bom, mas também não será o fim do mundo”, garante Witter.
Além do próprio ID.3, o fabricante promete colocar nas ruas em breve o SUV ID.4 – que também poderá desembarcar no nosso país – e a minivan ID.Buzz, sucessora futurista da Kombi. Segundo o grupo, a intenção é liderar o mercado de eletrificados.
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