A valorização do dólar deve melhorar a competitividade entre as montadoras a médio e longo prazos. Segundo informações da agência de notícias Reuters, a previsão foi feita na última terça-feira, 17 de setembro, pelo presidente da Anfavea, Luiz Moan, após encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Temos, com a subida do dólar, impacto no custo de produção e impacto positivo na rentabilidade das exportações. Achamos que nesse momento está equilibrado”, declarou.
Questionado sobre se o aumento dos custos decorrente da mudança do patamar cambial pode provocar elevação dos preços dos veículos, Moan declarou que cabe a cada empresa definir quanto será o repasse da alta nos custos de produção. “Toda decisão de preço é individual das montadoras. Preço e custo cada um cuida do seu”.
Além de Moan, o presidente-executivo da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Alarico Assumpção Jr., também se encontrou com Mantega para falar sobre o atual cenário da indústria automotiva nacional. Os dois executivos se mostraram otimistas quanto ao futuro do setor, prevendo crescimento tanto para os próximos meses quanto para o resultado consolidado de 2013, em comparação a 2012.
A Anfavea reiterou projeção de expansão entre 1% e 2% no licenciamento de veículos, de 12% para a produção de automóveis e de 20% por cento para as exportações. Já a Fenabrave previu alta de 1% no volume de vendas internas neste ano, superando a marca das 3,6 milhões de unidades comercializadas em 2012.
“Nos próximos meses poderemos melhorar mês a mês. Esta estimativa seria suficiente para manter o Brasil em um distanciamento positivo frente a outras nações”, disse Assumpção Jr.
Por fim, os executivos declararam que o encontro com Mantega também serviu para negociar uma possível recomposição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no setor automotivo, embora não tenham revelado mais detalhes.