Dodge Charger elétrico promete ‘escape’ mais alto do que turbina de avião
Conceito prevê ainda troca de marchas e desempenho ainda melhor que um Hellcat com seu motor V8 Supercharger
O ronco amedrontador de um motor parrudo a gasolina é característica básica de um muscle car tradicional. É possível que um esportivo deste tipo seja se adeque à era dos elétricos? A resposta da Dodge atende pelo nome de Charger Daytona SRT, um conceito que promete aceleração mais rápida do que um Hellcat e “escapamento” tão barulhento quanto um avião em decolagem.
Como estamos falando de um elétrico, não há um exaustor comum. A explicação para tamanha sonoridade está em um sistema que emana ar em uma câmara com várias câmaras sintonizadas para promover ruídos. É uma dinâmica que remete a instrumentos musicais, como um órgão de tubos. Segundo a montadora, o método pode atingir volume de 126 decibeis, o mesmo emitido pelo escape de um Hellcat.
Outro diferencial do protótipo é uma transmissão com escalonamento de marchas. Não chega a ser um pioneirismo, afinal Tesla Roadster e Porsche Taycan são exemplos de elétricos com câmbio de duas velocidades. A Dodge não deu detalhes sobre o sistema, mas declarou que o intuito é promover uma sensação divertida de transição de marchas em altas velocidades.
A marca também não deu informações sobre desempenho. Apenas divulgou que o conceito tem base em um sistema elétrico de 800 volts, chamado de Banshee. Mais uma vez, temos o Taycan e ainda os GM com plataforma Ultium como exemplo para esse tipo de arquitetura.
O Charger Daytona SRT pode, ainda, ter o conjunto de baterias recarregadas em instalações de 350 kW e tem um botão para liberar um overboost, chamado de PowerShot. Outro detalhe que chama atenção são os modos de condução, chamados de Slam, Drag, Donut e Drift. Apesar de prometer fazer curvas de lado e dar ‘zerinhos’, o esportivo tem tração integral.
Em relação ao design, o conceito é inspirado no Charger Daytona de 1969, o primeiro Nascar a atingir 200 milhas por hora, o que equivale a 321 km/h. A carroceria tem silhueta clássica de um muscle car, com linha de cintura alta, centro de gravidade baixo, além de entre-eixos e capô extensos.
Aliás, o capô tem uma intensa inclinação e vincos marcantes. Há uma passagem de ar no topo da grade para otimização da aerodinâmica. A melhoria do downforce também explica o spoiler proeminente, chamado de R-Wing, e que também é uma clara menção à segunda geração do Charger Daytona.
Os sistemas de luzes são singelos, porém marcantes. O formato dos faróis combina com a das lanternas. No centro dos conjuntos está o logo Fratzog, que estampou veículos da Dodge entre 1962 e 1976. O nome da insignia clássica também serviu de inspiração para o sistema de exaustão detalhado acima, chamado de Fratzonic.
Também chamam atenção as rodas de 21 polegadas com direito a pinças de freio da Brembo, algo totalmente inusitado em se tratando de um elétrico.
O interior também chama atenção e nem pareceria de um conceito não fosse pelos LEDs vermelhos que envolvem praticamente todo o habitáculo. O quadro de instrumentos digital tem 16 polegadas, enquanto a central multimídia é de 12,3 polegadas.
Tem bancos esportivos até para os passageiros traseiros. Há mescla de materiais em couro e fibra de carbono. É possível notar ainda que o teto é translúcido, parecido com o de um BMW iX.
O Dodge Charger Daytona SRT é uma mostra do que a marca norte-americana imagina implementar em seus futuros esportivos. Já está definido que um modelo 100% elétrico será lançado em 2024.
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