Dez fora-de-série nacionais equipados com motores Chevrolet
Todo fora de série nacional tinha mecânica VW a ar? Não aqui: estes só queriam saber de motor GM
1. Puma GTB
Apresentado no Salão do Automóvel em 1973 como Puma GTO (Gran Turismo Omologato), ou apenas Puma Opala, ele seria vendido em 1974 como GTB (Gran Turismo Brasil). Diferentemente dos irmãos, que utilizavam a base do VW a ar e tinham estilo mais europeu, ele recebia o célebre motor 250S 4.1 de 171 cv e 32,5 mkgf, montado num chassi tubular próprio, com porte de esportivo americano.
2. Aurora 122-C
Inspirado na Ferrari F40, o esportivo de 214 cv nasceu em 1988 num galpão no bairro de Moema, em São Paulo, com motor de Monza 2.0, que ganhou turbo e cuja cilindrada subiu de 1.998 para 2.184 cm3. Custava o equivalente a um BMW 316i.
3. Envemo Camper
Acostumada a fazer réplicas de Porsche com plataforma VW, a paulistana Envemo (Engenharia de Veículos e Motores) apostou num SUV em 1989. A Camper tinha desenho do Jeep Cherokee Sport e chassi do Engesa 4, com opção de um 2.5 quatro cilindros (82 cv) ou um 4.1 seis-cilindros (121 cv), ambos Chevrolet.
4. Farus Beta
Criada pelo empresário Giuseppe Russo, a Farus (de “Família Russo”) fez alguns esportivos com desenho baseado nos Lotus e nas Ferrari. O mais célebre foi o Beta, de 1984. Com motor central 1.8 ou 2.0 do Monza, ele possuía chassi próprio. A empresa acabou fechando em 1990, com a abertura do país aos importados.
5. LHM Phoenix
O Phoenix era uma réplica de Mercedes SL 280 “Pagoda” de 1963 produzida pela carioca LHM, em 1984, com mecânica Opala (quatro ou seis cilindros). O emblema da Phoenix se assemelhava ao da marca alemã. Mas quem quisesse o status do original podia comprar um kit que trazia a estrela da Mercedes.
6. Santa Matilde SM
O 2+2 feito em Três Rios (RJ) surgiu de uma ideia entre o engenheiro Humberto Pimentel, sua filha, Ana Lídia, e o preparador Renato Peixoto. Juntos criaram em 1978 o SM com mecânica Opala (2.5, 2.5 turbo e 4.1) e que chegou a custar o preço de dois Opala Comodoro, o topo de linha. Mas como era ainda mais pesado que o sedã da Chevrolet, ficava para trás em desempenho.
7. Engesa 4
Da Engesa (Engenheiros Especializados S/A), de Barueri (SP), veio em 1985 um jipe fruto da sua experiência como fornecedora das Forças Armadas. Para reduzir custos, ele ganhou o quatro-cilindros do Opala, chegando a ser exportado para mais de 30 países.
8. Americar XK120
É a réplica de Jaguar XK120 produzida pela Americar, de Santo André (SP). Foi lançada em 2003 usando o molde do Fera dos anos 80, que tinha mecânica Opala 4.1. Em 2010, ganhou o 2.0 flex do Vectra, mas com uma opção de V8 5.7 da GM americana, com 350 cv. É vendido até hoje, nas versões cupê e roadster.
9. Brasinca 4200 GT
É mais conhecido pelo nome do projeto, Uirapuru. A Brasinca, que fazia carrocerias para utilitários, queria um esportivo para peitar o Willys Interlagos. Apresentado no Salão do Automóvel de 1964, o 4200 GT recebeu um seis-cilindros de 4 271 cm³ e 155 cv que equipava os caminhões GM.
10. Avallone TF
O roadster inglês MG TD serviu de base para as réplicas brasileiras. Enquanto a MP Lafer preferia a mecânica VW, a Avallone criou o TF, em 1976, via Chevette, que cedeu motor, câmbio, eixo dianteiro, diferencial e freios.