Depois de zerar, Ford Ka consegue três estrelas no Latin NCAP
Marca aproveitou o recém-facelift para reforçar a estrutura do hatch e do sedã
Em outubro de 2017, o Ford Ka obteve a pior nota (zero estrela) no teste de segurança promovido pelo Latin NCAP, o Programa de Avaliação de Carros Novos para América Latina e o Caribe.
A marca demorou a se mexer. Mas a partir de junho desse ano, juntamente com o facelift , o modelo produzido em Camaçari, na Bahia, ganhou reforços estruturais na coluna B e e nas portas dianteiras para absorver a energia de impactos.
Agora, quase um ano depois, o terceiro carro mais vendido do Brasil passa novamente pela prova de impacto. E o resultado foi melhor: três estrelas na proteção para adultos e quatro na infantil.
O relatório mostrou que no crash-test lateral há boa proteção para a cabeça e a abdome do ocupante. Já a proteção para pélvis e tórax é considerada adequada e fraca, respectivamente.
O órgão ainda aponta que a porta traseira se abriu durante teste, algo que não deveria acontecer.
“É alentador encontrar mais modelos compactos com melhoras como o Ka; contudo, seu rendimento de segurança básico está ainda por baixo da versão europeia“, afirma o Latin NCAP.
No primeiro teste, o órgão identificou lesões no peito do passageiro adulto, invasão da coluna “B” no habitáculo e dificuldade na abertura das portas.
Na amostragem que choca o veículo de forma frontal a 64 km/h, o carro se sai melhor. Segundo o Latin NCAP, a cabeça e pescoço dos ocupantes dianteiros atingiram o airbag completamente, o que caracteriza um bom resultado.
Em outras partes do corpo como tórax, pés e joelhos a proteção é positiva. O Ka só oferece cintos de segurança pré-tensionadores do lado do motorista.
Nos joelhos, inclusive, a Ford mexeu na proteção marginal porque anteriormente foram observadas estruturas perigosas na área do painel contra as quais poderiam prejudicar os ocupantes.
A estrutura onde vão os pés foi considerada instável e a do habitáculo, estável.
A proteção infantil se saiu melhor ao obter quatro das cinco estrelas possíveis. As ancoragens Isofix e Top Tether conseguiram manter as cadeirinhas (e os bonecos de teste) estáveis em ambos os impactos, frontal e lateral.
A nota máxima só não foi obtida porque não há cinto de segurança de três pontos para todos os ocupantes traseiros e a sinalização da posição dos ganchos Isofix foi considerada deficiente.
Múltiplas bolsas de ar e controles de estabilidade e tração só estão disponíveis nas versões mais caras. Vale lembrar que o Chevrolet Onix, que lidera o ranking de vendas no País, também zerou a primeira avaliação quando foi testado.