Crescimento à frente
"É preciso simplificar o sistema tributário. A área tributária da GM no Brasil tem mais gente do que na matriz"
Luiz Moan: presidente da Anfavea
O ano de 2014 não vai deixar saudade para a indústria automobilística. Mas, para a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, o fim da crise já tem data marcada. Os dados divulgados por Luiz Moan, presidente da entidade, durante o Quatro Rodas Direções apontam que, em 2015, o mercado de veículos deve iniciar retomada de crescimento. E, no longo prazo, o crescimento será robusto. Moan mostrou os dados do estudo Visão do Futuro, que projeta os próximos 20 anos do mercado nacional. Segundo o estudo, devemos chegar a 2034 com 7,4 milhões de unidades vendidas, contra os 3,34 milhões previstos para este ano. Para isso, a Anfavea aposta num crescimento do PIB à média de 3% ao ano, no aumento da população e também no fato de que a frota nacional é proporcionalmente menor que a de outros países. Segundo a entidade, hoje temos 5,1 habitantes/ carro – em 20 anos a relação será de 2,4 habitantes/carro, um índice mais próximo dos verificados em países desenvolvidos. Como faremos para absorver tantos veículos, se as grandes cidades já estão entupidas? O estudo mostra que o crescimento será baseado principalmente no interior do país, que já começou a expandir sua frota significativamente. “De 2007 a 2013, as cidades com até 5 000 habitantes tiveram alta de até 142% nas vendas. No mesmo período, em São Paulo as vendas aumentaram apenas 6%”, disse Moan.
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