Por que a rotação máxima dos motores varia: 6 mil rpm, nos carros; 9 mil rpm, nas motos; e 16 mil rpm, nos F1? – Por Pedro Paulo, de Rinópolis (SP)
Tudo depende das características do projeto e o que se pretende principalmente em relação aos custos. Quem explica é o engenheiro Erwin Franieck, da SAE Brasil:
“Todos os movimentos rotativos com transmissão de torque e ação de forças sofrem esforços alternados em suas estruturas internas, além de todas as variações dimensionais que promovem atrito, assim como de desbalanceamento, que crescem de forma quadrática em relação à rotação do motor”, diz.
E “ainda resta o tempo mínimo necessário para enchimento do motor com ar e combustível no ciclo de admissão, que diminui quanto maior a rotação”, acrescenta.
“Assim, para motores menores, com menores massas e cilindradas, é possível se obter custos de fabricação aceitáveis para rotações de até 9.000 rpm, ao passo que em motores automotivos essa rotação está em torno dos seus 6 a 7,5 mil rpm”, conclui.
No caso da Fórmula 1, trabalha-se para tirar a máxima potência com cilindrada limitada. Os custos não são restritivos e isso favorece a otimização do motor para melhor enchimento em máxima rotação. Além disso, há o uso dos melhores materiais para suportar as cargas dinâmicas.
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