No começo desse ano, o Porsche Taycan recebeu uma relevante atualização de meia vida, ganhando mais potência, mais alcance e até carregamento mais rápido. Agora, o gêmeo mecânico do Taycan, o Audi E-Tron GT recebe atualização semelhante.
Para essa nova linha, a Audi apresenta três variantes do modelo: o Audi S E-Tron GT, o RS E-Tron GT e o RS E-Tron GT Performance. Este último é o maior destaque da linha, não apenas por ser o primeiro Audi RS Performance elétrico, mas, principalmente, por ser Audi de produção mais potente já fabricado.
Começando exatamente pelas especificações, o novo Audi RS Performance chega a incríveis 912 cv. O recordista anterior era o E-Tron GT, que é superado facilmente pelo novo modelo, com uma diferença de 275 cv. Além disso, o desempenho também é impressionante, podendo ir de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos, conforme divulgado pela montadora.
Já os outros dois modelos, o S E-Tron GT de entrada atinge os 670 cv e pode chegar aos 100 km/h em 3,4 segundos. O intermediário RS E-Tron GT chega com 844 cv e atinge os 100 km/h em 2,8 segundos. Ambos, mesmo com menos potência, ainda têm desempenho digno de supercarros.
Outro grande destaque desta atualização está na bateria. O novo Audi E-Tron GT tem uma enorme bateria de 105 kWh de capacidade, a mesma do Taycan. Ela pesa cerca 10 kg a menos que a da linha anterior do modelo. Com isso, essa nova configuração permite ao S E-Tron GT, que é a versão com maior alcance, uma autonomia de até 608 km. Para o carregamento, todas as versões suportam até 320 kW, podendo ir de 10% a 80% em apenas 18 minutos.
Visualmente, a nova linha do Audi E-Tron GT não muda muito. Há algumas atualizações com a assinatura da Audi chamada “Singleframe Grille”, trazendo uma faixa acima da grade, bem como favos de mel 3D nos modelos RS, imitando os modelos a gasolina. As entradas de ar frontais também possuem agora um aspecto ligeiramente mais esportivo. Há também duas novas rodas para os dois modelos RS. O restante segue o mesmo da versão anterior.
Na cabine, todas as variantes têm design e acabamento bem semelhante, com painel de instrumentos, console central e tela de infoentretenimento praticamente iguais. Há também novos medidores digitais, um novo volante e teto solar opcional, que passa de opaco a transparente com o apertar de um botão.
O destaque do interior fica para as versões RS, com alguns acabamentos diferentes nos bancos, além uma faixa vermelha às 12 horas do volante, que demonstra toda sua invocação, e dois botões vermelhos rotulados como “Boost” e “RS”. O primeiro fornece um aumento de 94 cv por 10 segundos, utilizando a potência máxima do carro, enquanto o segundo alterna entre os dois modos de direção personalizáveis do carro.
Além do compartilhamento de motorização com o Taycan, a Audi também aproveitou para “roubar” o gabinete de suspensão da Porsche. Caso você não queira a suspensão padrão de duas câmaras e duas válvulas, você pode optar por uma suspensão ativa, que pode levantar e abaixar cada canto de forma independente, como no novo Porsche Panamera.
A ideia central é que o carro permaneça confortável em uma direção normal, mas possa inclinar e reagir melhor em curvas durante uma direção mais acintosa.
Há também um sistema de direção adicional e opcional nas quatro rodas, que pode girar as rodas traseiras em até 2,8 graus na direção oposta em baixas velocidades, facilitando algumas manobras. Os valores e data de estreia ainda não foram divulgados pela Audi.