Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Clássicos: Dodge Dart, o carro com o maior motor V8 já feito no Brasil

Famoso pela rapidez e velocidade, o Dart abusou da cilindrada e tornou-se um legítimo representante da escola de Detroit

Por Felipe Bitu
Atualizado em 22 Maio 2021, 00h58 - Publicado em 13 dez 2019, 07h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Dodge Dart
    O Dart nacional acaba de se tornar um cinquentão (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Menor e mais barato modelo da divisão Dodge, o Dart foi apresentado nos EUA em 1960 e logo assumiu o posto de mais vendido da marca.

    Seu sucesso atravessou a década e chegou ao Brasil em 1969, mercado em que o compacto americano se tornou um de nossos maiores e mais sofisticados automóveis.

    A história do nosso Dart começa nos anos 50, quando a Chrysler Corporation decidiu reforçar sua participação no mercado europeu.

    A expansão do grupo consolidou-se em 1963, ao assumir o controle da francesa Simca, em São Bernardo do Campo (SP) desde 1958. Por uma obra do destino, a filial brasileira da Simca originou a Chrysler do Brasil S.A. em 1967.

    Com quatro portas e quase 5 metros de comprimento, a quarta geração do Dart era bem atual frente ao irmão americano, lançado só três anos antes nos EUA.

    Continua após a publicidade

    Oferecido em versão única, ocupou a lacuna entre o Chevrolet Opala e o Ford Galaxie e destacou-se pela harmonia de estilo e pelo charme do vidro traseiro côncavo.

    _HR_8482.CR2
    O V8 de 5,2 litros ainda é o maior feito no Brasil (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Igualmente atual era o V8 de 5,2 litros, o maior já feito no Brasil. Era o mesmo usado nos caminhões Dodge, com câmaras de combustão em formato de cunha e válvulas acionadas por tuchos hidráulicos.

    Tinha torque e potência de sobra para os 1.480 kg do Dart: 41,5 mkgf a 2.400 rpm e 198 cv a 4.400 rpm. O primeiro teste oficial confirmou as impressões que o jornalista Expedito Marazzi teve ao avaliar uma unidade pré-série.

    Continua após a publicidade

    O Dart era o carro brasileiro mais veloz: precisou só de 33 segundos para percorrer 1.000 metros, chegou a 173 km/h e foi de 0 a 100 km/h em 12 segundos. Era rapidez suficiente para agradar até o tricampeão de F-1 Jackie Stewart.

    Apesar de ser o rei da estrada, o V8 era notório pelo consumo: os 6,6 km/l a 100 km/h constantes eram acentuados pelo tanque de apenas 62 litros, resultando em autonomia pouco superior a 400 km.

    _HR_8480.CR2
    O sedã atingia 70 km/h em primeira marcha, 120 em segunda e 175 em terceira (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O comportamento dinâmico era prejudicado apenas pelo pesado eixo traseiro, um problema em pisos irregulares. Os freios a tambor nas quatro rodas não contavam com assistência a vácuo.

    Continua após a publicidade

    O primeiro contra-ataque ao Dart veio da Ford. A principal novidade para 1970 foi uma versão mais simples e barata do Galaxie, equipada com o motor de 4,8 litros e 190 cv.

    A Chrysler se valeu da mesma fórmula e respondeu com a versão “super-standard” com grade dianteira sem pintura, estofamento simplificado e supressão de frisos e calotas integrais.

    A partir da oferta do “super-standard”, o Dart comum assumiu a denominação De Luxo: mais de 10.000 unidades foram produzidas em 1970. A carroceria cupê foi a maior novidade da Chrysler para a linha 1971 de tal forma que o sedã passou a representar só 30% da produção do Dart.

    Teto revestido de vinil e direção hidráulica entraram para a lista de opcionais, seguidos pelo câmbio automático Chrysler A-727 de três marchas, ar-condicionado e freios dianteiros a disco.

    Continua após a publicidade
    _HR_8455.CR2
    Calotas inspiradas nas dos Plymouth americanos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Recém-lançado, o Dart Gran Sedan fez o Dart Sedan De Luxo sair do catálogo Dodge em 1973: poucas unidades foram produzidas, quase sempre destinadas a frotas de empresas e agências governamentais.

    A situação só foi revertida no modelo 1975: a ignição eletrônica como item de série foi a única alteração significativa até 1978. As modificações mais extensas vieram na linha Dodge 1979: a reestilização baseada no Dart americano de 1974 deixou o nacional 18 cm maior.

    Além da nova grande dianteira, o tradicional par de lanternas verticais deu lugar a quatro horizontais. O tanque de combustível passou a comportar 107 litros e o câmbio manual de quatro marchas com alavanca no assoalho entrou para a lista de opcionais.

    Continua após a publicidade

    Mas o fim estava próximo: a venda da Chrysler Europe ao Grupo PSA, em 1978, era um indício de que o mesmo poderia ocorrer com a filial brasileira.

    Os rumores se concretizaram e, em julho de 1979, a Chrysler do Brasil foi adquirida pela Volkswagen: as últimas unidades do Dodge Sedan De Luxo deixaram a fábrica de São Bernardo do Campo em 1981.

    Dodge Dart 1969
    Motor: Longitudinal, V8, 5.212 cm3, 2válvulas por cilindro, comando de válvulas simples no bloco, carburador de corpo duplo; 198 cv a 4.400 rpm; 41,5 mkgf a 2.400 rpm
    Câmbio:  Manual de 3 marchas, tração traseira
    Dimensões:

     

    Comprimento, 496 cm; largura, 177 cm; altura, 144 cm; entre-eixos, 282 cm; peso, 1.480 kg
    Pneus:  7.35 x 14 diagonais

     

    Publicidade

    Publicidade

    Consulte a Tabela KBB

    Selecione o carro que você quer vender ou comprar

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.