Citroën poderá ter C4 com base de C3 para reduzir custos ‘desnecessários’
Para o CEO da marca, grandes famílias podem precisar do espaço de um carro médio, sem exigir tecnologias desnecessárias que encarecem o modelo

Embora a Stellantis esteja criando novas plataformas para diferentes segmentos, a Citroën diz que talvez não siga os direcionamentos tão à risca assim. É que, segundo a marca, alguns de seus carros médios também poderão ser feitos a partir de plataformas dedicadas a carros menores, por questões de custos.
A declaração foi dada pelo CEO da Citroën, Thierry Koskas, e reproduzida pela Autocar. Segundo o executivo, a marca poderá ter carros do segmento C (ou seja, modelos médios, como o C4) feitos sobre a plataforma Smart Car, direcionada a modelos do segmento B (ou seja, modelos compactos, como o C3). Assim, é possível que, em alguns anos, possamos ver um C4 utilizando a mesma base de um C3.

Ele justifica dizendo que mesmo clientes de carros médios querem economizar, dando o exemplo de grandes famílias, que podem procurar por espaço, mas “a um preço razoável”. As economias seriam feitas pelos recursos oferecidos pelos modelos. Koskas diz que o uso excessivo de tecnologia pode ser desnecessário e que, em alguns casos, como o da família citada, a não existência de alguns itens podem baratear os modelos.
Sobre o atual C3 europeu, executivo diz que o modelo foi feito com este pensamento. “Quando você olha para o que as pessoas esperam desse segmento, não precisa estar cheio de tecnologia”, disse. Considere, porém, que o modelo já tem um alto nível de equipamentos quando comparado ao C3 brasileiro.

“O custo dos carros está aumentando, mas a quantidade de dinheiro que as pessoas podem gastar, não”, disse Koskas. “É ainda pior nos elétricos, porque você impõe às pessoas que comprem carros que são mais caros”, acrescentou. Por isso, ele defende a abordagem simplificada de modelos – sem que a qualidade e a segurança dos mesmos sejam afetadas.