Chevrolet Montana recebe três estrelas em teste de colisão do Latin NCAP
Picape foi bem no teste, mas decisão sobre o uso das cadeirinhas infantis reduziu sua nota
Após quase um ano sem divulgar nenhum resultado, o Latin NCAP apresentou dois novos testes de colisão. Um deles é para o Toyota Raize, que não é vendido no Brasil e recebeu apenas uma estrela. O segundo veículo é a Chevrolet Montana produzida em São Caetano do Sul (SP), e que obteve três estrelas.
A picape intermediária mostrou um bom desempenho no impacto frontal a 64 km/h contra uma barreira móvel, apresentando uma estrutura estável de forma geral, o que rendeu boas notas na proteção para adultos. O Latin NCAP alerta para estruturas perigosas atrás do painel, que podem atingir a região dos joelhos dos passageiros.
O que reduziu a nota da caminhonete é a proteção para crianças. Apesar de ter ISOFIX e boas cadeirinhas recomendadas, a Chevrolet decidiu posicionar os assentos infantis voltados para frente, o que vai contra as práticas globais recomendadas. Esta posição afetou o resultado, fazendo com que o boneco registrasse altas cargas no pescoço e no peito, tanto para o dummy simulando uma criança de três anos quanto a de um ano e meio de idade.
De acordo com o Latin NCAP, é possível posicionar as cadeirinhas infantis voltadas para trás, mas a fabricante decidiu que o teste deveria ser realizado com os assentos voltados para frente.
Com seis airbags, foi bem avaliada no teste de impacto lateral, tanto contra uma barreira móvel quanto contra poste. Em ambos os casos, a ONG afirma que os bonecos mostraram bons resultados, além de não ter apresentado vazamento de combustível ou sem abrir as portas.
A falta do sistema de frenagem automática de emergência também penalizou a Montana na categoria de proteção para pedestres, por não estar disponível nem mesmo como opcional. No teste de impacto, foi bem de forma geral, recebendo somente uma avaliação “pobre” para a parte superior da perna.
No quesito de sistemas de segurança, a picape saiu-se bem nos testes do alce, alcançando 70 km/h no teste do consumidor e 95 km/h no teste pelo padrão ADAC da Europa. Apesar de contar com detector de ponto cego, não pontuou por não atender às taxas de disponibilidade e equipamentos do Latin NCAP.
O segundo carro avaliado foi o Toyota Raize, versão da fabricante do Daihatsu Rocky, um SUV compacto com menos de 4 metros de comprimento e feito para o mercado asiático. Foi o carro que deflagrou a investigação contra a Toyota sobre fraudes na homologação dos veículos e a suspensão das vendas e produção de diversos modelos.
O pequeno utilitário fabricado na Indonésia e vendido em países como Chile e Uruguai recebeu somente uma estrela. Com somente dois airbags de série e sem oferecer tecnologias de segurança, saiu-se mal nos testes de colisão dianteiro e lateral, mostrando uma estrutura instável e com uma intrusão significativa. O teste contra poste não foi realizado por não possuir airbags laterais.