Especializada em customizar a carroceria de carros antigos, a oficina Casados Design foi desafiada por conta de um Chevrolet Camaro 2010. O esportivo da GM, equipado com motor V8 6.2 de 432 cv e câmbio manual de seis marchas, foi levado à loja, no estado do Alabama, não para incrementar sua potência ou ganhar novas rodas, mas para ser transformado em uma picape.
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O pedido incomum foi feito em março do ano passado, por um cliente decidido em transformar seu esportivo em algo inspirado na Holden Ute — espécie de picape do Omega vendida até 2017 na Austrália e que, por incrível que pareça, usava a mesma plataforma desta geração do Camaro
. A nova traseira, por outro lado, seria inspirada no clássico Chevrolet El Camino, marcante nas décadas de 1960 e 1970.
Cirurgia plástica
Em busca de atender o freguês, a Casados Design foi direto ao ponto, removendo toda a carroceria da coluna B para trás. Além do eixo traseiro, restou apenas o monobloco, que serviu de base para a caçamba. Isso depois de sugerir, sem sucesso, que o cliente usasse um Dodge Charger como base para a modificação.
Estruturas tubulares acabaram servindo bem à transformação, uma vez que o cliente buscava traços de muscle car misturado com formas clássicas na sua nova caminhonete. Como a oficina é especializada em chapas de aço e solda, foi natural a ideia de aproveitar o para-choque original para reforçar o leito da caçamba. Além disso, como parte da mão-de-obra já havia sido aprendiz na Aston Martin, técnicas da inglesa foram replicadas no modelo.
Trabalho duro
Para obter formas mais harmônicas e diminuir a quantidade de painéis soldados, a oficina mergulhou em um trabalho de meses para confeccionar a nova carroceria. As chapas originais serviram de referência, mas houve reforço estrutural para compensar as dimensões estendidas.
Outro ponto de complicação foi a parede que separa a cabine da caçamba. Segundo o diretor da oficina, foram “três sessões de quiropraxia” para terminá-la, em um trabalho de quase seis meses.
Após mais um mês de trabalho artesanal, uma pequena “profanação”: para facilitar o ajuste, as lanternas traseiras vieram da Honda Ridgeline. Peças da Silverado também foram usadas para a fixação do reboque, totalmente funcional.
Segundo o GM Authority, a brincadeira custou mais de US$ 250.000. O cliente que desfila essa obra única, por outro lado, segue desconhecido