Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Carros da Koenigsegg rodarão com combustível feito a partir de vulcões

Enquanto cria baterias sob medida às suas demandas, fabricante sueca aproveita poluentes vulcânicos para produzir metanol sintético Vulcanol

Por Eduardo Passos
Atualizado em 16 jun 2021, 13h58 - Publicado em 16 jun 2021, 13h53
Inédito Koenigsegg Gemera promete 1700 cv e até 1.000 km de autonomia rodando com Vulcanol
Inédito Koenigsegg Gemera promete 1700 cv e até 1.000 km de autonomia rodando com Vulcanol (Divulgação/Koenigsegg)

Conhecida por hipercarros quebradores de recordes, a Koenigsegg considera que, enquanto as baterias de carros elétricos não melhorarem, seus esportivos serão no máximo híbridos, tendo que recorrer a outros combustíveis não-poluentes. Nada excepcional? Saiba, então, que esses biocombustíveis serão oriundos de vulcões.

Clique aqui e assine Quatro Rodas por apenas R$ 8,90

É o que afirma o fundador e CEO da marca, Christian von Koenigsegg. Os planos foram detalhados em entrevista à Bloomberg e à própria fabricante, nas quais o empresário sueco também explicou sua estratégia de produzir células energéticas de altíssima tensão para a inevitável eletrificação.

Continua após a publicidade

O aparente conflito de interesses é logo explicado pelo sueco, que gosta dos veículos elétricos mas busca tratá-los despido de viés. “Sou fã dos elétricos puros. Na maioria dos aspectos, eles são melhores que os carros que substituem; principalmente em modelos pequenos, onde as baterias são compactas. O problema [nos esportivos] é que são mais pesados e de recarga demorada. Além disso, as baterias geram resistência à rolagem e não ficam mais leves à medida que se descarregam, sem diminuição de massa à medida que são gastas”, detalhou.

“Não é preciso poluir o planeta só porque você deseja um esportivo rápido e interessante”

Enquanto esses problemas não são vencidos, a Koenigsegg pretende recorrer a biocombustíveis e aproveitar a oferta energética do norte europeu. Inspirado no Brasil, o plano consiste em aproveitar dióxido de carbono (CO2) emitido por vulcões semiativos e usá-lo na criação de metanol sintético. Chamado de “Vulcanol”, o composto pode ser queimado em usinas que produzem outros combustíveis verdes, como a gasolina sintética da Porsche, e abastecer modelos como o novo hipercarro Gemera.

Abastecer o Gemera com Vulcanol pode ser até 90% menos poluente
Abastecer o Gemera com Vulcanol pode ser até 90% menos poluente (Divulgação/Koenigsegg)
Continua após a publicidade

Abandonado por conta de suas perigosas chamas invisíveis e elevada toxicidade, o metanol é poluente por si, mas a cadeia produtiva teria um saldo positivo de até 90% por conta dos gases estufa capturados nos vulcões. A distribuição do produto final seria feita de modo semelhante ao caminho que derivados do petróleo percorrem das refinarias aos postos, mas em quantidade reduzida pelo fato dos motores elétricos fazerem parte do trabalho. “Estamos falando de metade ou um terço do combustível para o mesmo alcance. Logo, precisaremos de muito menos volume líquido do que hoje. (…)”, acrescentou.

Como o inovador motor 2.0 biturbo híbrido TFG, o CEO sabe que é necessário aliar biocombustíveis modernos com baterias compactas, que eventualmente se tornarão protagonistas. Para criá-las, tratou de buscar Evan Horetsky, ex-executivo da Tesla e responsável pela produção das fábricas de Nevada, Xangai e Berlim.

koenigsegg_gemera_doors opne
Limitado a 300 unidades, Koenigsegg Gemera custa mais de R$ 10 milhões e será produzido a partir de 2022 (Divulgação/Koenigsegg)
Continua após a publicidade

A empreitada já funcionará no inédito Gemera, que, além de Vulcanol, usará etanol E85. Uma vez que, nas palavras do fundador, ainda é difícil encontrar biocombustíveis em qualquer posto de gasolina “a não ser que estejamos no Brasil ou em algum comércio progressista”, o Gemera também aceitará gasolina e terá sistema que indica não apenas eletropostos, mas bombas de álcool e, futuramente, Vulcanol no caminho. “As 300 unidades do Gemera não salvarão o Planeta diretamente, mas servirão de plataforma para desenvolvermos e distribuirmos a tecnologia”, disse citando a função publicitária do primeiro quatro-lugares da fabricante.

Engana-se, porém, quem acredita que o Vulcanol e semelhantes assumirão o protagonismo energético; para Christian quanto mais diversidade, melhor. “Talvez seja mais lógico ter um caminho paralelo, que já funciona e traz mais benefícios do que [baterias leves e finas] que não passam de sonho no momento. Por que não apostar em ambos?”, completou.

Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da Quatro Rodas? Clique aqui e tenha o acesso digital

Continua após a publicidade
Capa Maio 2021
A edição 745 de QUATRO RODAS já está nas bancas! (Arte/Quatro Rodas)

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.