Quase todos os aparelhos eletrônicos com bateria (como os celulares e notebook) sofrem com a perda de capacidade de armazenamento ao longo do tempo. O mesmo pode ocorrer com os veículos elétricos – e quem reconhece isso é a própria General Motors americana.
Segundo a marca, o Chevrolet Bolt – um compacto lançado recentemente para popularizar esse tipo de motorização em veículos mais baratos – pode ter uma redução de até 40% em sua autonomia após 8 anos de uso, exatamente o tempo que dura a garantia. Quando novo, o Bolt tem autonomia estimada em 238 milhas (383 km).
“A quantidade de energia que a bateria de “propulsão” de alta tensão pode armazenar irá diminuir conforme o tempo e as milhas percorridas. Dependendo da utilização, a bateria pode sofrer uma degradação de 10% até 40% em sua capacidade ao longo do prazo de garantia.”. Para ver o manual do Bolt na íntegra, vá direto para a página 322 neste link.
Problemas de redução da capacidade da bateria já haviam sido identificados no Nissan Leaf e no Tesla S. No caso do Leaf, a questão afetou de forma mais acentuada unidades mais antigas, utilizadas em locais com o clima quente. A Nissan resolveu o problema com posteriores atualizações e trocas de bateria.
Entre os proprietários do Tesla Model S, era previsto nesses carros que após 50.000 milhas rodados a bateria poderia ter sua capacidade reduzida em cerca de 6%, mas alguns casos registrados mostraram uma queda de 12% depois terem rodado 34.000 milhas, o equivalente a 54.000 quilômetros.
No caso do Bolt, uma perda de 40% na capacidade da bateria faria sua autonomia despencar de 383 para 229,8 quilômetros em 2025. A dúvida é se essa perda de rendimento será aceita pelos consumidores, bem como se a queda será, de fato, de 40%.
A Consumer Reports fez um levantamento no começo do ano no qual não recomenda a compra de modelos elétricos usados por falta de confiabilidade, citando veículos como Nissan Leaf (2013) e até BMW i3 (2014).