Carrinho inteligente da Hyundai ajuda na recuperação de crianças doentes
Ideia da coreana foi treinar sua nova inteligência artificial ajudando hospital infantil a melhorar seu tratamento
Entre várias novidades, a Hyundai prepara o protótipo 45, apresentado no Salão de Frankfurt de 2019. Para testar suas tecnologias, entretanto, a coreana optou por ‘cobaias’ mais do que especiais: crianças doentes da Espanha.
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A ideia foi ceder ao hospital Sant Joan de Déu, em Barcelona, uma versão em miniatura do veículo, utilizada para transportar e avaliar a saúde mental dos pequenos internados enquanto treina a nova inteligência artificial da empresa.
O projeto, batizado de ‘Little Big e-Motion’, busca aproveitar ao máximo a tecnologia EAVC (Controle Veicular Emotivo Adaptativo, na tradução livre), gerando dados para melhorar a IA do sistema ao mesmo tempo que ele é usado para entreter os pacientes e informar a equipe médica.
Desse modo, os pacientes poderão se divertir dirigindo uma versão do 45 que funciona como um EV normal. As únicas diferenças para um carro de verdade são o fato do veículo ser feito em madeira (uma opção ecológica, segundo a montadora), monoposto e, claro, limitado a 7 km/h. O carrinho é movido por dois motores de 24 volts e entrega 0,7 cv de potência.
As coisas ficam high-tech quando o EAVC entra em ação: a tecnologia monitora expressões faciais, frequência cardíaca e respiração para avaliar o estado psicológico do condutor.
O que no futuro será combinado com dados como aceleração, velocidade e ruído do carro para otimizar iluminação, climatização, música e até cheiro da cabine, no projeto ‘Little Big e-Motion’ é usado para fornecer informações sobre a saúde mental dos pequeninos.
Assim, gera-se uma relação de ganho duplo, no qual a Hyundai pode testar e melhorar o EAVC e o hospital pode monitorar o paciente e tornar sua estadia menos desgastante.
“Esperamos que a tecnologia do minicarro forneça uma experiência de mobilidade segura e divertida para os jovens pacientes, além de melhorar seus quadros de saúde”, comentou Jinmo Lee, engenheiro-sênior de pesquisa da montadora.
No Sant Joan de Déu, o EAVC interagirá com os ‘motoristas’ através da câmera que monitora expressões faciais e do cinto de segurança, que detecta respiração e frequência cardíaca.
Enquanto a criança dirige o carrinho, o assoalho emitirá cores que vão do verde ao vermelho, indicando o nível de estresse do paciente. O cinto de segurança também possui pequenas bolsas, que inflam massageando o peito do condutor a fim de acalmá-lo. Um borrifador também exala fragrâncias específicas ao estado mental.
“O hospital está muito animado de ter tanta tecnologia disponível às crianças”, disse o chefe de cardiologia pediátrica local, Joan de Toledo. “Isso vai mudar dramaticamente o jeito que os pacientes encaram o tratamento”.
A Hyundai seguirá acompanhando o uso do mini-45 no hospital espanhol, ao passo que aperfeiçoa sua inteligência artificial para uso pleno. A companhia não deu prazos para o programa nem para o lançamento do 45, mas recentemente apresentou sua plataforma elétrica para os próximos anos.
Acima de tudo, fica a torcida para que um dia as crianças possam, saudáveis e crescidas, usar a tecnologia que estão ajudando a refinar.
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