BYD Shark estreia no Uruguai e adianta o que teremos no Brasil
Picape plug-in chega no país vizinho em duas versões: GL e GS, as duas com bons equipamentos, mas só a segunda tem pacote ADAS completo
BYD Shark está cada vez mais próxima do Brasil, literalmente falando. Isso porque a picape média já foi lançada no nosso vizinho Uruguai e é só questão de tempo até que ela chegue por aqui também, provavelmente, até o final do mês de setembro.
Em nossos vizinhos, a Shark chega em duas versões: GL e GS, algo que vem se repetindo dentro da linha da BYD, vide o sedan King e o SUV Song Pro. E assim como nesses dois casos a motorização é a mesma.
No caso da picape, ela tem um conjunto híbrido plug-in que combina o motor 1.5 turbo a gasolina de 192 cv a outros dois elétricos – o dianteiro com 228 cv e 31,6 kgfm e o traseiro com 201 cv e 34,7 kgfm. Ao todo são 480 cv, que farão dela a picape média mais potente do Brasil, mas o torque combinado não foi divulgado.
A bateria e a autonomia também são as mesmas nos dois casos. A bateria é a Blade de última geração de 29,6 kWh, que garante 100 km de alcance puramente elétrico e pode ser carregada de 10% a 80% em 20 minutos na corrente contínua. Combinado com o tanque de gasolina (que não teve seu volume especificado) ela tem uma autonomia máxima de 840 km, com médias de 13,3 km/l segundo o ciclo NEDC.
Graças a disposição dos motores, há tração integral permanente. O torque instantâneo ajuda a picape a ir de 0 a 100 km/h em 5,7 s, enquanto a velocidade máxima é limitada aos 100 km/h.
No mais, ela tem capacidade de carga de 835 kg. Já a caçamba tem volume de 1.435 litros e tem iluminação em LED e três tomadas disponíveis, podendo alimentar diversos equipamentos eletrônicos por várias horas. Por dentro, o espaço é bom graças aos 5,46 m de comprimento e 3,26 m de entre-eixos.
O que diferencia as duas versões, assim como ocorre em outros modelos da BYD, é o pacote de equipamentos. A Shark GL é mais simples, mas ainda assim tem um bom kit para agradar o público uruguaio. Ela traz controle de tração e estabilidade, seis airbags, sistema de prevenção de capotamento, central multimídia de 12,8’’ com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, quadro de instrumentos digital de 10,25’’, carregador de celular por indução, chave presencial com tecnologia NFC, câmeras com visão de 360º e câmera de vídeo frontal com gravador e faróis e luzes traseira em LED.
Há ainda sensores de chuva e crepuscular, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, rodas de liga leve de 18’’, retrovisores elétricas com função de rebatimento automático e desembaçador, ar-condicionado de duas zonas e bancos dianteiros elétricos. A picape traz seis modos de condução, sendo três off-road (neve, lama e areia), além dos modos Eco, Normal e Sport.
Para a versão GS, o acréscimo ocorre principalmente na parte de segurança. A versão topo de linha ganha sistemas ADAS como controle de cruzeiro adaptativo, avisos de colisão frontal e traseiro com frenagem autônoma de emergência, alerta de ponto cego e assistente de troca de faixa.
As outras adições ficam por conta do head-up display de 12,3’’ e da climatização dos bancos dianteiros, que também ganham 8 posições de ajuste, contra apenas 6 da versão mais barata.
No Uruguai, a Shark parte dos 69.490 dólares na versão GL, equivalente a cerca de R$ 382.000. Já a topo de linha, custa 72.990 dólares, algo próximo dos R$ 401.200. Por aqui, é provável que a picape chegue custando na casa dos R$ 300.000.