BYD promete que produção na Bahia terá 50% de peças nacionais até 2027
BYD lança campanha para conhecer possíveis fornecedores para componentes essenciais, como para-choques, pneus e baterias.

A BYD iniciou o processo para ter montagem de carros no Brasil. No início de julho, a fabricante chinesa fez um evento para inaugurar sua fábrica no Brasil, mas a unidade ainda está iniciando a montagem de carros em pré-série com kits SKD, nos quais os carros chegam pré-montados e nem mesmo pintura e soldagem são necessárias.
Após webinar realizado na última terça-feira (19) com o Abipeças e o Sindipeças, a BYD anunciou a campanha “BYD QUER CONHECER VOCÊ”, com o intuito de atrair fornecedores de peças nacionais. A meta da empresa é atingir 50% de nacionalização de partes e peças até 2027.
Segundo a BYD, o webinar teve a presença de quase 300 associados de dezenas de empresas brasileiras interessadas em se tornarem fornecedoras da montadora. Para elas, a BYD apresentou uma relação de com centenas de demandas diretas e indiretas,
contemplando componentes essenciais como para-choques, pneus e baterias.

“A BYD sempre teve em seu planejamento a fabricação completa dos carros no Brasil e é natural a busca por fornecedores de peças tanto na Bahia como em outros estados. O evento de hoje só reforça nosso compromisso em buscar parceiros nacionais. Ficamos muito animados com o interesse em conhecer um pouco mais sobre a empresa. A BYD do Brasil e nossa cadeia será formada por brasileiros”, destaca Alexandre Baldy, Vice-Presidente Sênior e Head Comercial e de Marketing da BYD Auto Brasil.
A nacionalização é um passo importante para a BYD. Recentemente, o governo antecipou o aumento do imposto de importação de carros elétricos para 35%, válido também para kits CKD e SKD. Mas a BYD ganhou uma “colher de chá”, tendo seis meses para antecipar a importação dos seus kits sem pagar o imposto. A medida é válida também para outras empresas, como a GWM, que inaugurou sua fábrica em Iracemápolis.
Durante a inauguração da fábrica, a BYD disse que não iria migrar do SKD para o CKD. A transição seria diretamente para uma produção nacional. O prazo dado para que essa mudança ocorresse em um ano, conforme o acordo firmado com o governo da Bahia.