O BYD King já chegou ao Brasil e seu objetivo é claro: se tornar o sedã híbrido mais vendido do Brasil. Mas, para isso, ele terá que enfrentar o Toyota Corolla, um rival bem mais tradicional e conhecido dos brasileiros.
Logo, a BYD aposta em um trem-de-força mais tecnológico e eficiente para desbancar o rival japonês. O King tem um conjunto híbrido plug-in, que tem como principal estrela o motor 1.5 aspirado a gasolina de 110 cv e 13,8 kgfm acoplado a um câmbio CVT.
É a partir daqui temos as primeiras características que diferenciam as duas versões, GL e GS: a GL, mais básica, tem motor elétrico de 180 cv e 32,2 kgfm, além da bateria Blade de 8,3 kWh. Com esse conjunto, o King GL tem potência combinada de 209 cv e pode rodar até 55 km (ciclo NEDC) em modo elétrico, indo de 0 a 100 km/h em 7,9 s, segundo a BYD.
Acima dele, o King GS já recebe um motor elétrico mais potente, com 197 cv e 33,1 kgfm. A bateria também é maior, de 18,3 kWh. Com isso, não só a potência combinada sobe para 235 cv, como também a autonomia elétrica chega a 120 km (NEDC) e o tempo de 0 a 100 km/h cai para 7,3 s.
Esses dois conjuntos mecânicos não são inéditos, sendo o mesmos que já vimos equipar o SUV Song Plus anteriormente.
Em questão de tamanho, o King é mais avantajado que o seu rival japonês. São 4,78 m de comprimento (14 cm a mais), 2,72 m de entre-eixos (2 cm a mais), 1,84 m de largura (6 cm a mais) e 1,49 m de altura (6 cm a mais).
Mas apesar de ter um conjunto mecânico mais avançado que o Corolla, que é um híbrido pleno (sem recarga na tomada e podendo rodar algumas centenas de metros só na eletricidade), o King peca na assistência à condução, não oferecendo nenhum recurso como frenagem autônoma, assistente de troca de faixa ou monitor de ponto cego.
Esse é um dos motivos do sedã chegar em uma faixa de preço um pouco menor que a do Corolla. No Brasil, o King GL está à venda por R$ 175.800, enquanto a versão GS sai por R$ 187.800. O Toyota parte dos R$ 190.000 em sua versão híbrida.
Confira equipamentos e preços do BYD King
BYD King GL – R$ 175.800
A versão GL traz como equipamentos de série o quadro de instrumentos digital de 8,8″, volante multifuncional, carregamento sem fio para celular, tomada 12 V, bancos com revestimento semelhante ao couro, bancos traseiros bipartidos rebatíveis e ajuste elétrico do banco do motorista em seis direções.
Há ainda quatro entradas USB tipo A (duas na frente e duas para o banco de trás), ar-condicionado digital com saída para o banco traseiro, central multimídia giratória de 12,8’’, abertura sem chave (via cartão NFC), câmera 360º, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, atualização remota por OTA (over-the-air), chip com 4G para uso da internet no carro, GPS integrado e sistema de som com seis alto-falantes.
Por fim, há também assistência de partida em rampas, controle de cruzeiro, freio de estacionamento eletrônico, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, seis airbags, e retrovisores elétricos e com aquecimento.
BYD King GS – R$ 187.800
A versão topo de linha traz exatamente os mesmos itens da versão GL com o acréscimo de ajuste elétrico do banco do passageiro, sistema de som com oito alto-falantes, faróis dianteiros com luz diurna integrada, luzes ambientes internas coloridas e ar-condicionado de duas zonas. Além, claro, do motor elétrico e da bateria bem melhores.
São incrementos notáveis, mas por uma diferença de R$ 12.000. É caro. O King chega ainda nesta semana às concessionárias da BYD, sendo vendido com seis anos de garantia para o carro e oito anos de garantia para a bateria, sem limite de quilometragem para ambos os casos. As cores disponíveis são branco, cinza e preto.
Junto do sedã, a BYD também está lançando seu programa de assinaturas, o “BYD Mais”, em parceria com a Arval, empresa de gestão de frotas. Nessa modalidade, o King estará disponível com mensalidades de R$ 4.992, em um contrato de 36 meses com franquia de 1.500 km por mês.