Embora o segmento dos sedãs médios não esteja assim tão movimentado no Brasil, um novo jogador entrará na disputa no próximo mês de julho com a nada modesta pretensão de quebrar a hegemonia do Toyota Corolla. Trata-se do BYD King, ou Destroyer 05 para os chineses, um híbrido plug-in que compartilha a mecânica do Song Plus.
Já faz um tempo que a BYD ensaia lançar o King por aqui, mas agora parece ter encontrado o momento certo. Em sua terra natal, onde é um sucesso de vendas, o sedã também é conhecido pelo já mencionado Destroyer 05, e é uma variação do Qin Plus.
Isso acontece porque, na China, a BYD trabalha com duas famílias de produtos. A linha Ocean é a do Destroyer 05, enquanto o Qin Plus pertence à linha Dynasty. Cada uma tem sua própria rede de concessionárias e apenas o Song Plus é vendido em ambas — não nos pergunte o porquê. Os modelos têm variações de desenho e acabamento.
QUATRO RODAS testou a versão mais potente do sedã na China, essa que é equipada com o motor 1.5 aspirado de 110 cv e 13,4 kgfm, além de um motor elétrico integrado ao câmbio e-CVT tem 197 cv e 33,4 kgfm.
A bateria que alimenta o sistema tem 18,3 kWh de capacidade e garante 120 km de alcance elétrico. Ela pode alimentar uma casa, se necessário, e é compatível com carregamento de até 17 kW. Ao todo, a BYD declara um autonomia combinada de 1.200 km e um consumo de 28 km/l.
A versão de entrada o Brasil já conhece bem, já que King compartilha a mecânica do Song Plus, com a vantagem de estar em um carro 175 kg mais leve. O motor 1.5 é o mesmo da anterior, porém o motor elétrico é um pouco mais fraco, gerando 179 cv e 31,9 kgfm. Juntos, eles entregam 224 cv.
A bateria também é inferior, tendo 8,3 kWh de capacidade e apenas 46 km de autonomia elétrica. Essa mecânica é a mais cotada para chegar ao Brasil por estar mais próxima à do Toyota Corolla, o que também afetaria em seus preços. Mas não seria estranho se King mais potente viesse posteriormente.
A cabine reflete a elegância do visual externo. Há material macio ao toque nas partes superiores do painel e das portas. Marca registrada da BYD, a tela giratória tem 15,6” no sedã, enquanto o quadro de instrumentos tem 8,8”. Diferente do Song Plus, o King tem um seletor de marchas giratório ao invés da alavanca e todo o console tem acabamento em plástico duro.
Aqui no Brasil, o King terá como principal concorrente o Corolla, que reina praticamente sozinho entre os sedãs médios híbridos do Brasil. O modelo japonês é um híbrido leve, tem 122 cv e parte dos R$ 187.790. Mais potente e com uma mecânica mais interessante, o preço será fator determinante para saber se o “rei” da BYD conseguirá usurpar o trono do rival da Toyota.