Bugatti está com toda a sua produção esgotada até 2029
Os carros da Bugatti não são baratos, mas a produção artesanal e limitadíssima, tornam eles muito mais difíceis de serem comprados

Comprar um Bugatti é uma tarefa extremamente difícil. O primeiro e mais óbvio fator é o preço: seus esportivos custam muitas dezenas de milhares de dólares, o que na conversão para reais pode passar dos R$ 100 milhões. Mas não é sobre isso que falaremos.
Outro aspecto que dificulta o acesso a esses esportivos são as baixas tiragens dos seus modelos e o modo de produção. Para a marca, isso cai como uma luva. Em entrevista à CarBuzz Frank Heyl, diretor de design da marca, afirmou que a caderneta de pedidos da Bugatti já está cheia até 2029.
A Bugatti vê tudo isso com bons olhos, já que facilita seu planejamento para o futuro. “Quando se tem esta estabilidade financeira, tudo funciona de forma sólida. Está tudo definido”, afirmou Heyl.

Em teoria, trabalhar com uma produção limitadíssima igual à Bugatti seria mais fácil e mais rápido para atender a demanda. Mas as linhas de produção de Molsheim não são como aquelas as quais estamos acostumados. Cada carro é feito quase como uma obra prima, em um processo que pode ser considerado artesanal. Ou seja, não existe pressa para entregá-los aos clientes.
Seus dois modelos mais recentes provam isso. O Tourbillon, que sucessor do Chiron, é o modelo de maior volume da Bugatti, sendo limitado em apenas 250 unidades. Ele também é o primeiro híbrido da história da marca, sendo equipado com um V16 aspirado e três elétricos, entregando 1.800 cv.
Já o Bolide é ainda mais limitado, com apenas 40 unidades disponíveis, sendo um carro exclusivo para pistas. Ele já traz uma mecânica mais clássica, trazendo o famoso W16 quadriturbo de 1.600 cv, assim como o Chiron e o Mistral.

Fora isso, a Bugatti ainda lançou o Programme Solitaire, voltado para modelos únicos sob encomenda. Ele deu origem ao Bugatti Brouillard, encomendado pelo empresário holandês Michel Perridon, dono da maior coleção privada de Bugattis do mundo.
Para a marca, a estratégia é muito boa, mas quem encomenda um desses carros tem que ser muito paciente. No caso do Tourbillon, é possível a espera pode demorar cerca de quatro anos. Isso se ele conseguir fazer a encomenda, já que a lista de procura é muito maior do que a de unidades disponíveis.
É um problema que a Bugatti está tentando contornar. A montadora está criando uma nova unidade de produção dentro do seu complexo na França. Claro que a intenção não é atingir os grandes números de produção diária de marcas tradicionais, mas vai ajudar a diminuir em alguns anos o tempo de espera dos seus clientes.