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Bugatti Chiron Sport e caça Rafale disputam prova de arrancada e frenagem

Em ode à engenharia francesa, duas supermáquinas comparam suas habilidades de aceleração e frenagem em brincadeira de quase R$ 600 milhões

Por Eduardo Passos
Atualizado em 20 Maio 2021, 17h20 - Publicado em 20 Maio 2021, 17h04
Bugatt Chiron Les Legends du Ciel contra Dassault Rafale Marine
Decolagem autorizada, mas só para o avião de meio bilhão de reais (Divulgação/Bugatti)

Não é raro chamarmos de “voos rasantes” os testes de hipercarros como Bugatti Chiron; mas a comparação é válida? Para resolver o assunto, a fabricante convidou nada menos que um caça Dassault Rafale para um tira-teima.

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O duelo entre o hipercarro e seu conterrâneo francês ocorreu na comuna de Landivisau, onde as forças armadas da França — operadoras do avião — mantêm uma base aérea naval. A ideia consistiu em uma decolagem e pouso alinhados ao esportivo, comparando aspectos como potência, torque e frenagem.

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Para o evento, a Bugatti tratou de usar a edição limitadíssimas “Les Légends du Ciel” (lendas do céu, em francês) de seu Chiron Sport, com apenas 20 unidades fabricadas. A série busca honrar a aviação francesa e traz detalhes exclusivos como pintura cinza que remete à tintura militar e couro Gaucho reminiscente das aeronaves do passado.

Bugatt Chiron Les Legends du Ciel contra Dassault Rafale Marine porta
Na porta do “Les Légends du Ciel” há desenho de uma corrida entre o Bugatti Type 13 e o biplano Nieuport 17, usado na Primeira Guerra Mundial (Divulgação/Bugatti)

Do outro lado, a Marinha francesa cedeu sua versão Marine do Rafale, adaptada para uso em porta-aviões e movido por dois motores Snecma M88 do tipo turbofan.

Bugatt Chiron Les Legends du Ciel contra Dassault Rafale Marine 2
Evento buscou exaltar a engenharia francesa e alguns de seus inventos mais extremos (Divulgação/Bugatti)
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O próprio Ettore Bugatti aperfeiçoou sua habilidade de projeto desenvolvendo, há mais de um século, motores e modelos de aviões voltados aos recordes de velocidade. Desse modo, a fabricante sabia que enfrentar um caça de 4,5ª geração não seria tarefa mole.

Aceleração

Bugatt Chiron Les Legends du Ciel contra Dassault Rafale Marine alinhados lateralmente
Além de imitar a cor do Rafale, o Chiron Sport “Les Légendes du Ciel” traz o tricolor francês ao redor da carroceria (Divulgação/Bugatti)

Voltado à versatilidade, o Rafale Marine foi escolhido por conta do projeto inteiramente francês, comandado pela Dassault. Apesar do avião ter estreado na década de 1980, sua aviônica foi inteiramente renovada para acompanhar a concorrência e o cockpit traz tecnologia de ponta.

Bugatt Chiron Les Legends du Ciel contra Dassault Rafale Marine vista do cockpit
Inimigo interceptado (Divulgação/Bugatti)

O jato de 10,3 toneladas não precisou de ser carregado com mísseis e bombas, tampouco utilizar seu avançado sistema SPECTRA de guerra eletrônica, mas abusou sem pena dos 5.970 kg de empuxo de seus motores, com potência equivalente a 5.727 cv. Mesmo assim, a inércia foi soberana e, dada a largada, o Bugatti tomou a liderança, atingindo os 100 km/h em 2.4 s e os 200 km/h 3.7 s depois. 

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Bugatt Chiron Les Legends du Ciel contra Dassault Rafale Marine rolagem
Na briga entre inércia e muito empuxo, melhor para a aeronave (Divulgação/Bugatti)

Equipado com motor W16 8.0 com 1.500 cv, obviamente o Chiron não parou de acelerar e, graças à tração integral e transmissão de sete marchas com dupla embreagem, o modelo de R$ 18,6 milhões de reais já batia os 400 km/h 32,6 segundos depois de partir.

Bugatt Chiron Les Legends du Ciel detalhe grade
Cortada a laser, grade do hipercarro remete, sua base, a aviões voando em formação (Divulgação/Bugatti)

Para não fazer feio, o piloto do caça utilizou os pós-queimadores do aparelho, que injetam combustível direto sobre os gases de exaustão, gerando imenso aumento de potência e as famosas chamas na traseira dos aviões militares.

Bugatt Chiron Les Legends du Ciel contra Dassault Rafale Marine vista do carro
Incomparáveis, pós-queimadores ajudam o caça a atingir 1.975 km/h (cerca de 1,6 vezes a velocidade do som) (Divulgação/Bugatti)
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De tão rápida a disputa, o avião acabou decolando, ainda que o capitão Etienne, no comando do bólido, tenha mantido, literalmente, o voo rasante.

Quando o Rafale sumiu no horizonte, foi a vez do Chiron Sport mostrar seu poder de frenagem, garantido pelas pinças de titânio e elevação dos aerofólios traseiros, que agem como spoilers aerodinâmicos dos aviões. A 400 km/h, o modelo percorre apenas 491 metros até parar.

Bugatt Chiron Les Legends du Ciel frenagem
A fim de aumentar o arrasto aerodinâmico, aerofólio do Chiron Sport vai de 3º para 49º de inclinação durante a frenagem (Divulgação/Bugatti)

Curiosamente, o caça francês utiliza freios da Messier-Bugatti que, como indica o nome, tem origem comum à montadora de luxo. Só as pastilhas de cada roda pesam 27 kg cada, e dez pistões aplicam pressão de 2538 psi aos discos, protegidos por escudo térmico. Graças a um gancho existente em porta-aviões, é possível que o aparelho vá de 280 km/h ao repouso em míseros 150 metros.

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Bugatt Chiron Les Legends du Ciel contra Dassault Rafale Marine 5
Um é mais raro, mas pode ser comprado por qualquer milionário. Outro é de uso restrito de algumas forças armadas (Divulgação/Bugatti)

Comparado ao Chiron Sport, que utiliza pneus 285/30 R20 ZR, o Dassault é até modesto com suas rodas de liga de aro 15 e pneus Michelin. O exagero fica por conta da calibração: 232 psi em condições normais ou 392 psi, quando operando em porta-aviões. Além disso, os pneus são enchidos com nitrogênio, dado que o calor da frenagem poderia causar explosões na presença de oxigênio.

Bugatti Chiron Les Legends du Ciel detlahe porta
Para a maioria das pessoas, o Chiron Sport se trata de um sonho mas alto que os céus (Divulgação/Bugatti)

Com cerca de 200 unidades fabricadas desde a primeira versão, o Dassault Rafale é de uso restrito das forças armadas francesas e alguns outros aliados. O Bugatti Chiron Sport “Les Légends du Ciel”, por outro, está à disposição de quem puder bancá-lo. Para a maioria esmagadora das pessoas, entretanto, será apenas um sonho alto demais.

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