Se tratando de um carro extremamente exclusivo como o Bugatti Chiron, economia não costuma ser preocupação. Avaliado em mais de R$ 20 milhões, o hiperesportivo francês está cada vez mais cobiçado e sua cota de produção se aproxima do fim.
A procura é tão alta que as unidades chegaram a valorizar 35%. Mas aqueles que não tiverem o dinheiro necessário ou interesse de cumprir os trâmites de aquisição podem alugá-lo e economizar um pouco.
Um exemplo disso é o leasing praticado pela concessionária Broward, na cidade americana de Davie, na Flórida. A loja, que também vende Bugatti novos e usados, oferece dois planos de aluguel — 24 ou 36 meses — de um Chiron branco levemente personalizado, com suspensão mais rígida e direção modificada.
Ambos os pacotes têm um valor de entrada de ‘apenas’ US$ 358 mil, ou cerca de R$ 2 milhões. Só esse montante é suficiente para comprar, por exemplo, quatro Porsches 718 recém-lançados no Brasil ou um Lamborghini Huracán.
Feita a transferência, o locatário pode pegar seu carro e, aí sim, começar a pagar as mensalidades. No plano bianual, são 24 parcelas de R$ 373.430 e, caso se escolha o triênio, um desconto ‘camarada’ derruba o preço mensal para R$ 295.551.
Como não se trata de uma compra, o condutor deve seguir algumas restrições, como a franquia anual de 4.023 km — o que resulta em um preço mínimo de R$ 1,04 para cada metro percorrido (ou R$ 1.047 por quilômetro rodado) durante a vigência do contrato. Uma viagem de São Paulo para Belo Horizonte sob essas condições sairia a cerca de R$ 628 mil por trecho.
Por outro lado, o sortudo locatário terá à disposição um motor W16 8.0, com 1500 cavalos e poderá chegar aos 420 km/h de velocidade máxima, caso encontre uma pista fechada. Os custos de manutenção e seguro estão inclusos no valor da locação.
Amparado por quatro turbocompressores e dez radiadores, o cupé faz cerca de 6 km/l na estrada, permitindo uma autonomia de aproximados 600 km (ou 15% da franquia anual). Suficiente para encher o tanque de 100 litros e não precisar abastecer em Minas Gerais, onde incidem mais tributos sobre a gasolina.
Após curtir três anos de pilotagem, o sortudo condutor precisa, entretanto, devolver a máquina à Broward. O custo total da brincadeira terá sido de R$ 12,6 milhões; equivalente a 60% do valor de tabela do Chiron.
A título de comparação, essa soma é suficiente para comprar um jato executivo Phenom 100, da Embraer e ainda mantê-lo, com todos os custos envolvidos, em operação por nove meses, voando 180 horas ao todo.
Com mais de mil aviões executivos da Embraer já vendidos, entretanto, os donos de um Phenom jamais poderão desfrutar, ainda que temporariamente, da exclusividade que um dos pouco mais de 400 Chiron fabricados proporciona.
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