Quando dirigimos a Audi RS6 Avant, há cerca de dois meses, a perua agradou muito — o suficiente para ser chamada de “carro definitivo”. O que já era bom, entretanto, está melhor, uma vez que o superesportivo ganhou uma nova versão no exterior, ainda mais potente e agressiva.
A grande novidade da RS6 Avant Performance está no motor V8 4.0 biturbo, que é uma versão “amansada” do utilizado no Lamborghini Urus. Tal V8 está ainda mais feroz, com turbocompressores maiores e pressão ampliada de 2.4 para 2.6 bar. O resultado é que a perua agora atinge os 630 cv e 86,7 kgfm, contra os 600 cv e 81,6 kgfm da versão atual, vendida no Brasil.
Ainda que a perua seja uma escolha confortável para deslocamentos familiares, esse não é o foco primordial da versão Performance, que sequer faz questão de prover silêncio na cabine. Isso porque a Audi removeu cerca de 8 kg de isolamento acústico no capô, portas e traseira do carro, a fim de destacar o ronco da máquina. “Menos às vezes é mais”, brincou a alemã ao anunciar o modelo.
Economia de peso também foi aplicada às novas rodas de aro 22, que são 5 kg mais leve cada em relação ao resto da linha. A leveza ajuda nas respostas mais imediatas à aceleração e o desenho dos raios contribui para o arrefecimento dos freios, explica a marca.
Também houve alterações no câmbio automático de oito marchas, que agora traz trocas mais rápidas. O diferencial central estritamente mecânico e autoblocante também está mais leve, graças a desenho compacto que também contribui para maior eficiência na sua atuação.
Por fim, o pacote RS Dynamic inclui freios de cerâmica e até software que corrige a direção do condutor, modificando ativamente o esterçamento do volante.
A velocidade máxima é de 280 km/h, limitada eletronicamente. Com a redução de peso e os incrementos mecânicos, a Audi acredita que a nova RS6 Avant está 0,2 s mais rápida de 0 a 100 km/h: ou seja, atinge essa velocidade em cerca de 3,2 s.
Obviamente há um preço (bem alto) nisso, e a versão Performance da perua, caso chegue ao Brasil no ano que vem, certamente superará o R$ 1,1 milhão cobrados pela variante “básica” à venda no mercado nacional.