Astra com plataforma francesa é híbrido, tem 225 cv e faz mais de 50 km/l
Novo Astra chega no início de 2022 na Europa com a mesma plataforma do Peugeot 308 e sendo a última geração que ainda há a existência do motor a combustão
Hatchs médios já foram os queridinhos no Brasil, mas a onda dos SUVs praticamente engoliu a categoria. Porém na Europa o segmento segue firme e forte e irá ganhar no início de 2022 um novo representante de peso.
Clique aqui e assine Quatro Rodas por apenas R$ 8,90
O novo Opel Astra estreia em sua sexta geração e é tecnicamente um misto de Opel Corsa e de Peugeot 308. O hatch se alinha agora as recentes diretrizes tecnológicas e mecânicas do grupo Stellantis. O Astra já tem mais de 30 anos de história e a nova geração é a primeira construída sobre a plataforma modular EMP2, a mesma do 308.
O hatch ostenta uma frente onde os faróis e a grade estão unidos por uma faixa negra contínua que parece um pouco a máscara de Zorro. Sua linha de cintura lhe confere um aspeto mais robusto e, de certa forma, premium.
E as rodas maiores e a larga coluna C fazem o novo Astra parecer um carro maior do que o antecessor. Mas, com 4,37 metros, dispõe apenas de mais 4 mm de comprimento e também uma distância entre-eixos que é apenas marginalmente maior. A largura teve um incremento e possibilitou um aumento na capacidade do porta-malas de 370 para 422 litros.
Oferta de motores limitada
Há pouco tempo soubemos que a Opel só irá fabricar automóveis elétricos a partir de 2028. Ou seja, não daqui a uma eternidade de tempo, não num futuro difícil de antecipar, mas seis anos e meio depois do lançamento deste modelo, que é um tempo de vida mais do que razoável para esta ou qualquer nova geração de um automóvel.
Quer dizer que este será o último dos Opel a dispor de uma gama de motorizações a gasolina, diesel e híbridos plug-in e que, a partir de então, o carro se irá poder mover unicamente “a pilhas”. No caso deste novo Astra, a sua versão 100% elétrica surge no princípio de 2023.
Percebe-se, por isso, que não haja grande investimento dos responsáveis da Opel em motorizações térmicas com prazo de validade demasiado curto e isso explica porque razão apenas haverá unidades de três cilindros a gasolina de 1.2 litros (com 110 e 130 cv) na oferta a gasolina (nem o atual 1.4 de 145 cv continuará em funções), o que será manifestamente escasso para combater na faixa alta da gama o que propõem rivais de peso como o VW Golf e o Ford Focus (ST).
Nada de versões OPC, portanto, caixa automática só de conversor de binário de 8 velocidades, nem sinais de tração 4×4 nem de amortecedores eletrônicos variáveis, que “nem” o primogénito 308 teve direito.
O motor a diesel de 4 cilindros e 1.5 litros que conhecemos bem nos Peugeot e Opel (entre outros) de hoje vai manter-se em funções porque ainda haverá alguma procura no mercado europeu, unicamente com 130 cv e duas opções de transmissão: manual de seis ou automática de oito velocidades.
Híbridos plug-in protagonistas
Mas a aposta da Opel em termos de eficiência energética está, naturalmente, centrada nos híbridos plug-in, que juntam o conhecido motor de 1.6 litros e 150 ou 180 cv a um motor elétrico no eixo dianteiro, com potência de 110 cv para dois níveis de rendimento máximo, de 180 e 225 cv.
O consumo de gasolina será de cerca de 50 km/l e portanto uma autonomia de 2.000 km, pois o tanque de combustível tem capacidade de 40 litros.
O interior é muito “clean”, com muito menos comandos físicos do que na anterior geração, ainda assim os mais importantes para um mais rápido acesso direto por parte dos utilizadores.
O painel de isntrumentos é digital e configurável, tal como a central multimídia, estando ambos harmoniosamente integrados na mesma tela e direcionados para o condutor.
Entre as novidades tecnológicas, o sistema de LEDs Matrix com 84 diodos emissores de luz em cada farol, piloto automático adaptativo, head-up display e câmera de 360º.
Os engenheiros da Stellantis têm particular orgulho nos bancos que dizem ser especialmente confortáveis e que podem ser regulados eletricamente e dispor de funções de massagem e de refrigeração.
Ainda não há qualquer informação sobre preços do Astra VI mas não andaremos muito longe da verdade se estimarmos um preço de entrada na ordem dos 25.000 euros para a versão de entrada (1.2 turbo, 110 cv, caixa manual) e de 30.000 para o mais acessível dos híbridos plug-in.
Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da Quatro Rodas? Clique aqui e tenha o acesso digital