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Após polêmica, SSC admite que Tuatara nunca passou dos 483 km/h

A empresa havia afirmado que o modelo seria o carro de produção mais rápido do mundo e que tinha alcançado a incrível marca de 532 km/h

Por Pedro Henrique Oliveira
23 jul 2021, 17h59
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  • SSC Tuatara preto visto 3/4 de frente
    Depois de muitos questionamentos, a Shelby Supercar afirmou que o modelo não chegou a 532 km/h (SSC/Divulgação)

    Depois de muita especulação e vários questionamentos sobre o recorde de velocidade do SSC Tuatara, a fabricante finalmente admitiu que o superesportivo ficou longe dos 532 km/h (com média de 509 km/h em duas acelerações) que foram anunciados da primeira vez. Na verdade, o supercarro nem sequer chegou aos 483 km/h.

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    Após algumas tentativas malsucedidas de provar a suposta velocidade máxima recorde, a Shelby Supercar afirmou que o modelo não atingiu as marcas divulgadas inicialmente. O anúncio foi feito por meio de uma publicação em uma rede social.

    SSC Tuatara preto visto de lado com portas abertas
    O modelo passou por ao menos outras duas tentativas de romper a barreira dos 483 km/h, mas não conseguiu (SSC/Divulgação)
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    Nela, a empresa confirmou que o superesportivo não atingiu a velocidade de 532 km/h, que supostamente era sua meta. Além disso, ele não bateu nem mesmo a meta de 483 km/h. Por último, a Shelby Supercar deixou claro que quer quebrar o recorde de maneira oficial para acabar com as dúvidas. 

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    Uma publicação compartilhada por SSC North America (@ssc_northamerica)

    Ainda de acordo com a empresa, o modelo, que tem motor V8 biturbo 5.9 e capaz de gerar 1.750 cv quando abastecido com E85 – gasolina com 85% de etanol – será usado em novas tentativas para atingir a marca.

    SSC Tuatara preto visto de trás
    De acordo com a SSC, o modelo fará novas tentativas para passar dos 500 km/h (SSC/Divulgação)

    Vale lembrar que, ainda em 2020, o SSC Tuatara foi considerado o carro de produção mais rápido do mundo após supostamente ter alcançado os 508,7 km/h com a média de duas passagens em aceleração total. 

    Os dados disponibilizados pela empresa foram questionados e até a Dewetron, empresa austríaca que a SSC afirmou que havia validado o teste, veio a público para retificar a informação e esclarecer que não havia aprovado ou validado qualquer corrida. Para eles, os dados fornecidos pela Shelby Supercar eram “inconsistentes”. 

    SSC Tuatara preto visto 3/4 de trás
    O modelo teve problemas com o motor e superaquecimento em um dos testes (SSC/Divulgação)

    Depois desse episódio, a empresa levou o modelo ao estado da Flórida para realizar uma nova mediação. Nesta tentativa, ele sofreu problemas no motor e  chegou a superaquecer, o que o limitou “apenas” a marca de 404 km/h. 

    SSC Tuatara preto visto 3/4 de frente
    Superesportivo tem motor V8 biturbo capaz de 1.774 cv e é flex (SSC/Divulgação)

    A terceira tentativa, de acordo com a empresa, teria sido bem sucedida. Tanto o desempenho do carro como as medições funcionaram e o Tuatara atingiu a média de 453 km/h em duas acelerações. Essa marca deu ao modelo o título de carro de produção mais rápido do mundo, posto ocupado anteriormente pelo Koenigsegg Agera RS.

    O modelo ainda estava longe dos 532 km/h que a empresa afirma ter registrado no primeiro teste, o que a SSC concluiu que havia sido um equívoco. Fato é que o modelo se tornou o carro de produção mais rápido do mundo e ainda busca ultrapassar a casa dos 483 km/h, apesar das polêmicas.

    SSC Tuatara preto visto 3/4 de trás
    Mesmo com as polêmicas, o modelo atingiu 453 km/h e obteve o título de carro de produção mais rápido do mundo (SSC/Divulgação)

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