O nome é difícil e esquisito, mas tem um significado. SsangYong significa Dragões Gêmeos e é o terceiro nome da fabricante sul-coreana fundada em 1954. Nasceu Ha Dong-hwan Motor Corporation, da fusão das fabricantes Ha Dong-hwan Motor Workshop e Dongbang Motor Company, em 1963. Depois virou Dong-A Motor e em 1986, SsangYong. Agora caminha para se chamar KG Mobility.
Uma coisa que se repete na história da mais desprestigiada das marcas sul-coreanas são dificuldades financeiras. Foi por isso que a Daewoo (GM) a comprou em 1997 e vendeu em 2000. E por isso que o posto de acionista majoritário mudou da SAIC para a Mahindra e agora, após processo de falência, foi repassado à KG Group, uma empresa sul-coreana do ramo de aço e químicos.
Mas para a SsangYong assumir a identidade de KG Mobility o novo nome ainda precisa ser aprovado em assembleia geral de acionistas, prevista para março. Isso, porém, já é dado como certo pela imprensa da Coreia do Sul.
O novo nome será combinado a um novo logotipo e a uma identidade corporativa completamente diferente. É deixar o passado para trás e se transformar em uma empresa de mobilidade, como outros muitos fabricantes já se apresentam.
“O nome – SsangYong Motor – tem um legado de boas lembranças, mas também tem uma imagem dolorosa. A partir de agora, todos os carros SsangYong sairão para o mundo sob o nome de KG. Mesmo com a mudança de nome, a história da SsangYong Motor não mudará”, disse Kwak Jea-sun, presidente do KG Group, que afirmou que a mudança de nome foi uma decisão dolorosa.
SsangYong no Brasil
A SsanYong teve três passagens no Brasil. De 1995 a 1998, seus carros eram importados por uma empresa com sede em Barbados. De 2001 a 2015 a operação ficou a cargo da Districar, que também representou a Mahindra e a Chana/Changan no Brasil. Depois, em 2017, retornou ao Brasil pelas mãos da Venko Motors, do gupo JLJ. Havia, inclusive, a promessa de prestar serviços para os carros mais antigos.
Mesmo com novos carros, nomeadamente, os Tivoli, XLV (versão de 7 lugares), Korando e Korando Sports a marca não deslanchou. Não importou novos lotes, nem lançou o prometido Rexton II. A marca é sul-coreana, mas saiu do Brasil à francesa, em 2019.