Alfa Romeo e Chrysler podem acabar em 10 anos se não derem resultados
Grupo automotivo se preocupa com a participação das fabricantes no mercado e dá “janela de tempo de 10 anos” para a apresentação de resultados melhores
As marcas Alfa Romeo e Chrysler, assim como Lancia e Dodge, não alcançaram as metas traçadas quando ainda faziam parte da FCA. Por conta de estratégias equivocadas ou poucos modelos no mercado, o grupo acredita que as empresas ficaram para trás em relação ao desempenho nas vendas.
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Com a criação da Stellantis a partir da fusão entre a FCA e a PSA Peugeot Citroën, a situação das marcas passou a preocupar o CEO Carlos Tavares, que em entrevista à Autocar, deu um ultimato a essas marcas que estão mal das pernas.
“Estamos dando uma chance a cada um, com uma janela de tempo de 10 anos, financiando uma estratégia de modelo central. Os CEOs precisam ser claros na promessa, nos clientes, nos alvos e nas comunicações de cada marca”, disse Tavares.
O CEO já havia respondido perguntas relacionadas ao tema de forma mais amena, mas agora adota um discurso mais enfático sobre os objetivos de sobrevivência das fabricantes. “Se tiverem sucesso, ótimo. Cada marca tem a chance de fazer algo diferente para atrair os consumidores”, explica.
Se Alfa Romeo e Chrysler não melhorarem seus números de desempenho até 2031, as duas empresas correm o risco de serem fechadas pelo grupo. Mesmo com o ultimato, as perspectivas são de melhora para as marcas, que já começaram a se movimentar e, inclusive, trabalhar em sinergia.
Do lado da Alfa, o novo CEO da empresa e ex-chefe da Peugeot, Jean-Philippe Imparato, já tomou algumas decisões. Uma delas é a utilização da nova plataforma STLA Large no lugar da Giorgio, que promete ajudar na arquitetura de novos modelos para impulsionar as vendas.
Já a Chrysler encontra um cenário mais complicado. Ela tem apenas três modelos no seu catálogo se contarmos com o 300C, que sai de linha ainda este ano. É provável que a empresa utilize também a nova plataforma de design no futuro, mas ainda há um mistério sobre quais veículos ela irá suportar.
A Stellantis passa a observar de perto a situação das duas fabricantes. Vale lembrar que, com a união, o grupo automotivo se tornou a quarta maior força do ramo, atrás apenas de Volkswagen, Toyota e da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.
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