O bilionário Elon Musk já passou por altos e baixos em sua carreira, mas possivelmente não esperava que a Tesla sofresse um revés como esse. As ações de sua montadora despencaram mais de 10% após a Consumer Reports, uma das publicações mais respeitadas dos Estados Unidos, ter rebaixado a nota do Model S em sua pesquisa anual de confiabilidade, que mede o índice de satisfação de proprietários de vários modelos vendidos nos EUA.
Após entrevistar 1.400 proprietários do Model S, a revista apontou que os donos “reportaram uma série de problemas e características bastante complexas”, fazendo com que o veículo fosse classificado com um índice de confiabilidade “abaixo da média”. “Analisando as informações obtidas acreditamos que a Tesla está sujeita a se envolver em problemas abaixo da média do mercado”, escreveu a publicação.
Entre as queixas apontadas pelos entrevistados estão peças defeituosas do motor, falhas elétricas no interior, problemas no sistema de recarga das baterias e relatos de má vedação e barulhos no teto solar. Alguns proprietários também sofreram com limpadores de para-brisa quebrados, vazamento nas baterias, tampa do porta-malas desalinhada e volante desalinhado.
Não bastassem as críticas feitas pela Consumer Reports, o repórter do site especializado em tecnologia Mashable, Nick Jaynes, também apontou falhas no serviço de pós-venda da Tesla. Jaynes afirma que, embora a Tesla prefira substituir os componentes defeituosos em vez de passar horas (e até dias) investigando a origem e a causa dos problemas, não são raros os casos de proprietários que pagaram até US$ 100 mil pelo Model S e passaram a maior parte do tempo levando-o de plataforma para uma oficina autorizada Tesla em vez de dirigi-lo.
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