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Guia de Usados: Nissan Livina

Barata, espaçosa e com bons motores, é uma das melhores opções de automóvel para o dia-a-dia das famílias

Por Felipe Bitu
Atualizado em 21 mar 2024, 10h41 - Publicado em 7 ago 2014, 23h49
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Presente no país há mais de 20 anos, a Nissan atua com o mesmo conservadorismo de seus carros: após a produção da Frontier em 2002, a japonesa demorou sete anos para fabricar a Livina, seu primeiro automóvel de passeio. Idealizada para mercados emergentes como o Brasil, a Livina tardou mas não falhou: grande (4,18 metros) e estreita (1,69), ela apostava no bom entre-eixos (2,6) para acomodar confortavelmente cinco pessoas. Com 449 litros, o porta-malas era o maior da categoria. Com três anos de garantia e preços competitivos, ela apagou o brilho de minivans como Meriva e Idea: o 1.6 16V Flex Renault (104/108 cv) nada devia aos melhores motores japoneses, oferecendo ótimas marcas de desempenho e o menor consumo.

A versão básica trazia direção elétrica, ar-condicionado, airbag para motorista e trio elétrico. Havia ainda opção do vigoroso motor 1.8 16V (125/126 cv) acoplado a um câmbio automático de quatro marchas. Já a SL vinha com airbag duplo, ABS, rodas de liga, banco traseiro bipartido, faróis de neblina, CD player com MP3 e abertura remota das portas. No final de 2009 surgiu o pacote X-Gear, com para-choque redesenhado, nova grade, rodas exclusivas, bagageiro no teto e molduras plásticas nas caixas de roda, sem alteração na suspensão. A intermediária S surgiu em 2010 com os itens da SL, exceto ABS, banco bipartido e faróis de neblina. Deu origem à série limitada Night & Day 1.6 16V, sempre nas cores preto e prata, com novas rodas, bagageiro no teto, grade cromada e bancos de couro. Daí em diante, foram poucos melhoramentos: em 2011 vieram o para-brisa degradê e o travamento automático das portas. Um ano depois, o para-choque passou a ter pintura total, o porta-malas ganhou luz de cortesia, o banco do motorista recebeu apoio de braço central (exceto na básica) e o ar da SL tornou-se digital.

As queixas são poucas: vão do isolamento acústico (que resulta em elevado nível de ruído interno) à falta de regulagem de altura do banco do motorista e cintos de segurança. Mas nada que comprometa sua funcionalidade: em todas as versões, é um carro espaçoso, bem-acertado e fácil de manter.

FIQUE DE OLHO

Até 2012, a versão de entrada do Livina só oferecia airbag para o motorista. Antes disso, airbag duplo de série só vinha a partir das versões SL (2009) e S(2010).E não se esqueça dos freios ABS: passaram a vir de série em todas as versões só na linha 2014.

NÓS DISSEMOS

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Maio de 2009

Nissan Livina x Fiat Idea x Chevrolet Meriva: “A Livina, com seu desenho comportado e isento de vaidade, está longe de representar uma revolução no segmento, mas é inegável que o projeto mais novo lhe dá vantagem sobre a concorrência. (…) Seu 1.6 16V é o mesmo de Scénic e Mégane. (…) Bem orquestrado pelo câmbio manual de cinco marchas, o quatro-cilindros permitiu à Livina dar um banho nas minivans concorrentes nas provas de aceleração, retomada, velocidade máxima, ruído e… consumo! (…) A suspensão segue o padrão japonês de ajuste, ou seja, prioriza a dirigibilidade em detrimento do conforto.”

PREÇO DOS USADOS (EM MÉDIA)

1.6 16 V manual

2010: 27 594

2011: 28 684

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2012: 32 016

2013: 38 437

SL 1.8 16V aut.

2010: 31 684

2011: 35 699

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2012: 39 907

2013: 43 915

PREÇO DAS PEÇAS

Para-choque dianteiro

Original: 673

Paralelo: 395

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Farol (cada um)

Original: 569

Paralelo: 450

Retrovisor (cada um)

Original: 479

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Paralelo: 300

Disco de freio (cada um)

Original: 310

Paralelo: 190

Pastilhas de freio (jogo)

Original: 350

Paralelo: 140

PENSE TAMBÉM EM UM…

Honda Fit

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A Livina aniquilou a Meriva e a Idea no comparativo da QUATRO RODAS, mas ainda está abaixo do Fit em qualidade de construção e requinte. Com entre- eixos de 2,5 metros, ele tem menos espaço para ocupantes e bagagem, mas é bem mais prático no uso urbano. Traz dois motores flex com comando de válvulas variável: 1.4 16V (101/100 cv) e 1.5 16V (116/115 cv). Manual ou automático, o câmbio tem sempre cinco marchas, bem escalonadas. Como na Livina, evite a versão básica LX: os freios traseiros são a tambor e não há opção de ABS.

ONDE O BICHO PEGA

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Correia dentada: Nas versões com motor Renault 1.6 16V é sempre bom verificar se a correia dentada foi trocada: o motor Nissan 1.8 16V dispensa esse cuidado, pois os comandos são acionados por corrente metálica.

Ruídos internos: Se você ouvir estalos metálicos vindos da coluna central, fique atento. O problema já foi alvo da seção Autodefesa de fevereiro de 2010 e é causado pela movimentação indevida das chapas de aço que formam a estrutura monobloco. A Nissan orienta a aplicação de pontos extras de solda, desde que o veículo se encontre no período de garantia de fábrica.

Filtro de ar: Cheque a peça: a substituição do filtro só pode ser realizada depois da desmontagem da parte frontal do coletor de admissão. Por preguiça, muitos proprietários deixam de trocar este importante componente, afetando consumo e desempenho.

Radiador: A Livina tem sistema de arrefecimento selado, sem marcador de temperatura no painel. Vale a pena revisar todo o sistema em busca de vazamentos nas mangueiras e bomba d’água, completando o nível do radiador com a proporção correta de aditivo.

A VOZ DO DONO

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“O motor da Livina é ágil e silencioso, mas a resposta do acelerador é lenta e o consumo aumenta bastante com o ar-condicionado ligado. A direção elétrica é incrivelmente leve, mas a minivan fica devendo uma maior altura livre do solo e ajustes de altura do cinto de seguraça e do banco do motorista.” – Fernando Conde Ferrari, 37 anos, diretor técnico, São Paulo (SP)

O QUE EU ADORO

“Anda bem, gasta pouco e é muito estável. Nem parece uma minivan. Por ser pouco visada, seu seguro é barato. E há espaço de sobra para qualquer família, grande ou pequena.” – Amadeu Robalinho Neto, 36 anos, funcionário público, Recife (PE)

O QUE EU ODEIO

“O estilo poderia ser bem mais ousado e a ergonomia deixa a desejar: quem tiver mais de 1,80 metro vai sentir falta da regulagem de altura do banco e do cinto.” – Fernando Pavani, 23 anos, empresário, Pelotas (RS)

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