Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Suzuki Jimny usado é jipe 4×4 raiz que cabe em qualquer lugar

O pequeno fora de estrada agrada pelo tamanho, robustez e adaptabilidade na cidade, mas tem suas limitações

Por Da Redação
Atualizado em 3 abr 2024, 08h15 - Publicado em 15 abr 2022, 14h01
Jimny pesa mais de 1 tonelada a menos que o T4
Versão 4Sport tem pneus lameiros e para-choques de uso off-road. Snorkel é opcional (Marcos Camargo/Quatro Rodas)
Continua após publicidade

Criado para atender a limitações de espaço impostas pelo governo japonês para a concessão de determinados benefícios, o Suzuki Jimny cumpriu tão bem a função de utilitário urbano que virou sucesso no mundo, e no Brasil conquistou uma pequena comunidade de fãs.

Virtudes para essa admiração não faltam: o pequeno tamanho e o excesso de plásticos sugerem fragilidade, mas quem conhece o Jimny logo descobre que ele é uma evolução do jipe Samurai.

A tração 4×4 e o chassi de longarinas sobre dois eixos rígidos o colocam na mesma categoria do Toyota Bandeirante, esbanjando uma rusticidade que só é suavizada por mimos como direção hidráulica e ar-condicionado.

Tampa traseira do Jimny é pesada para abrir
Tampa traseira do Jimny é pesada para abrir (Marcos Camargo/Quatro Rodas)

Ágil, econômico e fácil de estacionar, boa parte deles sequer viu lama, circulando só nos centros urbanos, onde seu tamanho compacto (25 cm menor que um Gol) e imunização frente aos buracos são elogiáveis.

O Jimny chegou ao Brasil em 1998, deixou de ser importado em 2003, voltou ao país em 2009 e passou a ser fabricado localmente no final de 2012 pelo grupo Souza Ramos, o mesmo que controla as operações da Mitsubishi no país.

Motor 1.3 a gasolina do Jimny acelerou de 0 a 100 km/h em 14,6 segundos
Motor 1.3 16V tem apenas 85 cv, mas não nega fogo (Marcos Camargo/Quatro Rodas)
Continua após a publicidade

Em todo esse tempo, pouca coisa mudou. O motor 1.3 com 16 válvulas e comando variável tem apenas 85 cv e 11,2 mkgf de torque, mas é suficiente para impulsionar os 1.050 kg do carro – em nosso último teste, ele acelerou de 0 a 100 km/h em 14,6 segundos. O câmbio é sempre manual de cinco marchas.

O sistema de tração conta com reduzida, roda livre pneumática e engates eletrônicos, feitos por meio de botões no painel. Na posição 2WD, a tração é apenas traseira.

A até 100 km/h, o 4×4 pode ser engatado em pisos de baixa aderência, enquanto a reduzida exige que o carro esteja parado. Sem um diferencial central, os modos 4×4 devem ser evitados no asfalto, pois podem abreviar a vida útil dos componentes da transmissão.

Botões de acionamento da tração 4x4 ficam abaixo do ar-condicionado
Botões de acionamento da tração 4×4 ficam abaixo do ar-condicionado (Marco de Bari)

É sobre pisos ruins e de baixa aderência que o pequeno se sente à vontade, embora não desaponte em pisos lisos – desde que a velocidade seja baixa.

Continua após a publicidade

Na estrada, acima dos 110 km/h, é suscetível a ventos laterais e a direção recebe a vibração vinda dos pneus, no entanto a suspensão de eixo rígido com molas helicoidais na frente e na traseira mostra competência em ambas as situações.

Por dentro, a simplicidade remete aos anos 1990. Embora carregue quatro, apenas os passageiros da frente viajam com conforto. O banco traseiro não chega a ser desconfortável, mas acessá-lo requer elasticidade de criança. Como está instalado sobre o eixo, os trancos de obstáculos maltratam quem está nele.

Banco traseiro é rebatível; espaço é apertado e com pouco conforto
Banco traseiro é rebatível; espaço é apertado e com pouco conforto (Marco de Bari)

No porta-malas o espaço também é restrito, mas o rebatimento do encosto compensa essa limitação. Aliás, é possível unir o encosto do banco dianteiro ao assento traseiro, formando uma cama improvisada – apesar da pequena carroceria.

Dando preferência aos modelos nacionais, o Jimny pode ser encontrado em três versões principais: a básica 4Work, a intermediária 4All e a mais completa 4Sport – houve também a versão 4Sun, semelhante à 4All, mas com teto solar e a 4Street.

Continua após a publicidade

Todas já saíam de fábrica com direção hidráulica, vidros e retrovisores elétricos e ar-condicionado. Mas atenção: somente os modelos de 2014 para frente possuem airbags e freios ABS.

jimny
Robusto, Jimny é um típico off-road de raiz (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A opinião dos donos do Suzuki Jimny

“Eu precisava de um carro pequeno para usar no dia a dia e acabei gostando muito do SuzukiJimny. Ele é um carro bem prático e econômico, cabe em qualquer vaga e se iguala à minha picape Mitsubishi L200 em capacidade fora de estrada. A única reclamação vai para o barulho de vibração das portas e dos bancos.” – James Gomes da Silva, contador, São Paulo (SP).

O que eu adoro: “O Jimny é pequeno e muito ágil na cidade, além de ter uma ótima capacidade em trilhas de terra. Oferece um ótimo desempenho no asfalto ou fora dele.” – Aluizio Berezovsky, engenheiro eletricista, Vila Velha (ES).

O que eu odeio: “As concessionárias não são bem preparadas. Disseram que eu poderia usar a tração 4×4 em dias chuvosos para ter mais aderência e acabei quebrando o diferencial.” – Carlos de Souza Almeida, engenheiro de produção, Rio de Janeiro (RJ).

Suzuki Jimny
Leia mais” data-image-title=”” title=”Suzuki Jimny” data-image-source=”Suzuki”> Luzes sinalizam o engate da tração | Leia mais (Marcos Camargo/Suzuki)

Os defeitos mais comuns do Suzuki Jimny

Sensor de rotação: nos motores 1.3 16V, o sensor de rotação do virabrequim costuma falhar, principalmente quando exposto a muita sujeira e umidade. Trata-se de um problema de difícil diagnóstico e que só é solucionado com a troca do sensor, localizado atrás do alternador.

Continua após a publicidade

Caixa de transferência: a tração 4×4 é acionada através de uma corrente que fica dentro da caixa de transferência. Se a corrente estiver gasta, ela vai escapar e a tração dianteira não irá funcionar corretamente, problema que só é solucionado com a substituição da corrente.

Suspensão: o Jimny tem dois eixos rígidos, fixos ao chassi por braços longitudinais. Se o embuchamento dos braços estiver gasto, o veículo apresentará ruídos na suspensão e uma vibração na direção entre 60 e 80 km/h, conhecida como “shimmy”. A troca das buchas resolve o problema.

Modificações: Uma das principais características do jipinho sempre foi sua flexibilidade quanto à customização. Além de acrescentar equipamentos, o comprador pode ter modificado a suspensão, o tipo e o tamanho dos pneus e até alargar as caixas de roda. Tudo isso pode influenciar no preço, mas também demanda mais cuidado com o estado de conservação.

Jimny frente
Jimny enfrenta as trilhas com valentia (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Preço médio dos usados (KBB-Abril de 2022)

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2011
Jimny 4All 1.3 16v R$ 63.800 R$ 63.990 R$ 64.718 R$ 65.130 R$ 73.396 R$ 78.930 R$ 82.202 R$ 91.154 R$ 97.825 R$ 101.972
Jimny 4Sport 1.3 16V R$ 59.793 R$ 66.450 R$ 67.590 R$ 72.930 R$ 78.173 R$ 84.960 R$ 89.595 R$ 94.013 R$ 106.427 R$ 110.945
Jimny 4Street 1.3 16V R$ 61.550
Jimny 4Sun 1.3 16V  – R$ 68.140 R$ 68.500 R$ 71.150 R$ 71.680
Jimny 4Work 1.3 16V R$ 61.130 R$ 68.635 R$ 72.790 R$ 92.900 R$ 95.190 R$ 99.080 R$ 106.330

 

Publicidade

Consulte a Tabela KBB

Selecione o carro que você quer vender ou comprar

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.