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Land Rover Discovery Sport HSE Luxury

Versão diesel do SUV da Land Rover é ágil em rodovias e seguro nos terrenos fora de estrada

Por Isadora Carvalho
Atualizado em 9 nov 2016, 14h46 - Publicado em 7 dez 2015, 17h26
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Difícil de acreditar, mas em novembro o Land Rover Discovery Sport foi – pelo segundo mês consecutivo – o importado mais vendido no Brasil, com 394 unidades emplacadas, à frente de modelos mais acessíveis como Kia Sportage e JAC J3. O SUV nasceu com a difícil missão de substituir o Freelander, até então o modelo mais vendido da marca, e cumpre sua missão a contento. E para quem prefere a autonomia dos veículos a diesel, o sucesso pode até aumentar: o motor 2.2 turbodiesel acaba de ser disponibilizado, com a expectativa de responder por até 60% das vendas do modelo.

Durante o evento de lançamento no Brasil, rodamos mais 500 km com o modelo a diesel na versão topo de linha, HSE Luxury, sendo 90 km em terreno fora de estrada dentro do primeiro parque nacional do Brasil, o Parque Itatiaia, localizado entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A Land Rover diz que o SUV pode rodar até 900 quilômetros com apenas um tanque de 65 litros, porém antes de começar o roteiro o computador de bordo apontava 650 km de autonomia completamente abastecido. Ao final do roteiro de 500 km, incluindo o trajeto off-road que demanda maior consumo, o marcador já apontava a reserva.

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A expedição começou na rodovia Ayrton Senna, onde se destacou logo de cara o nível de ruído baixíssimo para um motor a diesel. Aliado ao sistema de som Meridian, o mesmo que equipa o Jaguar F-Type, com 16 alto-falantes, um subwoofer e 825W de potência, o silêncio torna a cabine agradável e aconchegante. O único ponto negativo é a central multimídia com navegação nada intuitiva e confusa.

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Graças aos 43 mkgf de torque a apenas 1 750 rpm, as respostas do acelerador são vigorosas e tornam qualquer ultrapassagem fácil, segura e divertida. Perto do parque de Itatiaia, a estrada torna-se sinuosa e com asfalto irregular. Nessas condições, a dirigibilidade fica bem próxima da de um veículo de passeio comum, com bom equilíbrio entre estabilidade e conforto, e a visibilidade proporcionada pelas colunas finas e grande área envidraçada é ótima.

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Depois de passar por Visconde de Mauá, Penedo e Resende, no interior do Rio de Janeiro, chegamos à trilha de terra. A fim de aproveitar tudo o que é oferecido pela marca nessa condição de terreno, o Terrain Response é acionado no modo lama. A tecnologia ajusta as configurações de tração, aceleração e torque de acordo com o tipo de pavimento: normal, grama/neve/cascalho, lama/sulcos e areia, além do modo Eco, que prioriza a economia de combustível no asfalto.

Assim que o sistema é ativado já é possível sentir a tração trabalhando para conseguir o máximo de aderência. No começo da trilha passamos por um riacho sem dificuldades, já que o carro, segundo a marca, consegue atravessar trechos alagados com profundidade de até 60 cm.

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No modo lama, o HDC (controle de descida) é ativado automaticamente, acionando o freio motor em descidas acentuadas. O importante aqui é se concentrar para não pisar no freio, já que isso desativa o sistema – o que não foi tão fácil tendo em vista que a ação de frear é intuitiva e a descida era bem íngreme, ao lado de um precipício.

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O Discovery Sport tem altura mínima do solo de 21,2 cm, com ângulos de entrada e saída de 25 e 31 graus, suficientes para obstáculos que você encontra no caminho para o sítio ou alguma pousada isolada da civilização. A tração 4×4 pode distribuir o torque entre as rodas conforme a situação exigir.

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O objetivo do roteiro era chegar a 2 400 metros de altitude em relação ao nível do mar. Após cinco horas atravessando trechos de lama, pedras pontiagudas e pontes mal conservadas de madeira, chegamos ao nosso destino e ao veredicto: o SUV se mostrou prazeroso ao rodar no asfalto e seguro nas situações fora da estrada.

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LEIA MAIS:

– Comparativo: Hyundai Santa Fe x Land Rover Discovery Sport x Jeep Grand Cherokee

– Teste: Volvo XC90

– Impressões: Range Rover Sport SVR

Preço e versões

Mais caro que o Discovery Sport SE 2.0 a gasolina (R$ 199 100), o modelo 2.2 SD4 diesel é vendido em três versões.

A de entrada SE sai por R$ 218 100 e traz como principais equipamentos controle eletrônico de tração ETC, EBD, controle de frenagens em curvas CBC, assistente de frenagem de emergência EBA, controle dinâmico de estabilidade DSC, sete airbags, start/stop, rodas de 18 polegadas, sensor de estacionamento com câmera de ré e ar condicionado dual zone.

A intermediária HSE custa R$ 242 700 e adiciona rodas de cinco raios e aro de 19 polegadas, bancos integralmente em couro, assentos reclináveis e deslizantes na segunda fileira.

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Já a topo de linha a HSE Luxury é tabelada em R$ 270 700. Conta com faróis de xenônio, teto solar panorâmico, bancos climatizados, sistema de áudio Meridian e duas entradas USB na segunda fileira de bancos.

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Entre os opcionais, os destaques são o sexto e sétimo assento, oferecidos em três pacotes. O mais em conta sai a R$ 6 000 e inclui saída de ar-condicionado na terceira fileira e estepe estreito. Já o sistema de navegação GPS custa R$ 3 200 e o teto solar panorâmico, R$ 4 900.

Pelo preço, o SUV a diesel brigará com Audi Q5 (a partir de R$ 222 190), Jeep Grand Cherokee (R$ 219 900) e BMW X3 (R$ 211 450). No tráfego urbano e em rodovias, os concorrentes oferecem aptidões semelhantes ou até melhores. Já quando o caminho foge asfalto, o expertise da Land Rover pode falar mais alto.

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Land Rover nacional

Ainda no primeiro semestre de 2016 sairão da linha de montagem os primeiros Discovery Sport e Range Rover Evoque nacionais. A fábrica, localizada na Via Dutra na altura de Itatiaia (RJ), está em fase final de construção e terá capacidade de 24 000 unidades por ano.

O investimento total será de R$ 750 milhões. Segundo Neale Jauncey, diretor de operações da planta brasileira, o nível de exigência quanto a qualidade será bem alto. “Não queremos prejudicar a nossa reputação no mercado brasileiro e garanto que os produtos montados aqui serão melhores dos que os produzidos na Inglaterra”, diz Jauncey.

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