Carros que não veremos mais em 2016
Enquanto alguns já se foram, outros têm partida marcada para acontecer ao longo do ano
Chevrolet Celta – Lançado no Brasil em 2000, o Celta chegou com a missão de ser o carro de maior volume da Chevrolet. Quase sempre com motor 1.0 (a versão 1.4 é bem rara), o hatch teve versões de duas e quatro portas. Em 2006, além da inédita configuração sedã (Prisma), o modelo ganhou sua primeira reestilização, que passou por outro retoque visual em 2012. Após seus 15 anos de produção, além das mais de 1,5 milhão de unidades vendidas, o Celta teve seu fim decretado. Uma nova família de populares está em desenvolvimento para sua substituição.
Land Rover Defender – Um dos maiores ícones off-road mundiais se despede em 2016 quase que da mesma forma que foi apresentado em 1948: com seu característico visual robusto que não se rendeu às modernidades. Com mudanças mínimas no visual durante estes 68 anos (e mais de dois milhões de unidades produzidas), o jipão sai de cena já com um substituto a caminho. Segundo a Land Rover, o próximo Defender será o carro mais capaz já produzido pela marca. Um conceito será apresentado ainda este ano para antecipar o que vem por aí.
Land Rover Freelander – Desde quando o Range Rover Evoque chegou ao mundo, o Freelander foi perdendo seu espaço. Com visual e tecnologia defasados em relação aos demais modelos da Land Rover, o SUV perdeu ainda mais terreno com a apresentação do Discovery Sport, declaradamente seu substituto. O Freelander não figura mais nos sites norte-americano e britânico da fabricante, mas ainda está presente no brasileiro. O fim da sua produção ainda não foi oficializado, o que deverá ser feito em breve.
Mahindra – Se na Índia a Mahindra é a maior fabricante de utilitários, no Brasil a situação sempre foi muito diferente. Por aqui, a marca nunca foi sucesso de vendas. Em 2015, a crise que atingiu a economia brasileira e a desvalorização da moeda local foram o estopim para que a fabricante encerrasse suas atividades no país.
Mercedes-Benz GLK – O caso do GLK é particularmente parecido com o do Freelander: sua morte já estava marcada para acontecer. Com características linhas mais robustas em relação aos demais utilitários esportivos da marca, o modelo foi substituído pelo GLC (prestes a chegar ao Brasil), que nada mais é que uma nova geração do GLK rebatizada para seguir as regras da nova nomenclatura dos SUVs da Mercedes. O modelo está sendo retirado das lojas no mundo todo em conjunto com a chegada do GLC. Ou seja, ainda é vendido no Brasil.
Mini Cooper Roadster e Coupé – A Mini nunca fez questão de manter em segredo a descontinuação das versões Roadster e Coupé do Cooper. Com isso, a nova geração da linha ficou restrita ao hatch (com três e cinco portas, além da versão conversível) e aos crossovers Paceman e Countryman. De acordo com a fabricante, os modelos não terão substitutos diretos.
Mitsubishi Lancer Evolution – Talvez a maior perda de 2016 seja o Lancer Evolution. O mito das pistas e dos rallys teve sua despedida anunciada em 2014, sendo marcada pela série especial John Easton, avaliada por QUATRO RODAS. Na ocasião, a marca apontou baixa procura pelo modelo. Isso não só encerrou a vida do Evo, como também fez com que a Mitsubishi deixasse de lado seus modelos esportivos para apostar nos híbridos. Ou seja, nada de substituto por ora. Vale ressaltar que as versões convencionais do sedã permanecem.
Mitsubishi Pajero TR4 – Desde o ano de 2002, o Pajero TR4 foi produzido nacionalmente em Catalão (GO). Conhecido por seu desenho robusto, o jipinho foi o primeiro modelo a combinar tração integral e motorização bicombustível, mas perdeu o fòlego com o passar do tempo. Para a despedida, a Mitsubishi preparou a série limitada O’Neill, também presente no atual ASX que, indiretamente, tomou o lugar do TR4 em sua nova versão Outdoor.
Nissan Livina – Lançada no Brasil em 2009, a Livina (além da Grand Livina) teve vida curta por aqui. Com aproximadamente 65 mil unidades vendidas no país desde seu lançamento, a minivan deixou de ser oferecida pela Nissan em 2015. De visual insosso, o modelo tornou-se um coadjuvante na linha da marca no Brasil, que já se preparava para a chegada do inédito Kicks, um SUV compacto que atende às demandas do mercado atual. Com isso, contrariando as especulações, a Nissan não terá um substituto direto da Livina no momento.
Volkswagen Phaeton – Ele nunca veio ao Brasil, mas tem grande importância para a afirmação da Volkswagen em algumas partes do mundo, como na China. Ao longo dos anos, o sedã grande da VW, concorrente direto de Audi A8, Mercedes Classe S e BMW Série 7, apresentou números de vendas desastrosos até mesmo no mercado chinês, onde fez sucesso em sua chegada. Com isso, a marca decidiu retirá-lo de produção. Uma geração completamente nova está quase pronta e programada para 2020.
Volkswagen Polo – No caso do Polo, falaremos sobre sua substituição logo no início e com apenas uma palavra: Fox. O novato chegou devagar e, no mesmo compasso, foi jogando o Polo para escanteio até que saísse de campo. A Volkswagen demorou para assumir a descontinuação do modelo, até que deixou claro o novo posicionamento do Fox, que tornou-se o intermediário entre Gol e Golf. Mais do que isso, o Polo sofreu por ficar defasado em relação ao modelo europeu – quem não se lembra da época em que a globalização do Polo era exaltada em propagandas?