50 anos do Camaro: relembre as seis gerações do mito
Os pontos altos (e alguns baixos) do esportivo da Chevrolet que já teve de 89 cavalos até 649 cavalos!
Com chegada às lojas dos Estados Unidos em setembro de 1966, o Chevrolet Camaro está prestes a completar 50 anos de história, dividida em seis gerações. Lançado para rivalizar com o Ford Mustang, o Camaro mal chegou e já emplacou mais de 200.000 unidades em seu primeiro ano de venda. Com isso, se estabeleceu como um sucesso imediato nos Estados Unidos, sendo até hoje símbolo da cultura norte-americana.
LEIA MAIS:
>> Novo Chevrolet Camaro custa R$ 297 mil no Brasil
>> Camaro ZL1 bate recorde em Nürburgring e alcança superesportivos europeus
>> Impressões: novo Chevrolet Camaro
>> Chevrolet Camaro atualiza versão “track day” ZL1 com 649 cv
>> Camaro a jato: Preparadora leva cupê da GM aos 751 cv
A seguir, confira a história e os destaques de cada uma das seis gerações, bem como a evolução de seus motores:
Primeira Geração: 1967-1969
O primeiro Camaro pode ser considerado o mais aclamado. Ele surgiu na época no qual os pony cars (um degrau abaixo dos muscle cars em termos de tamanho), as corridas de arrancada no ¼ de milha e as corridas de estrada eram febres, o que acabou resultando no lançamento do Camaro Z/28 em 1967. A primeira geração do modelo também é lembrada por duas participações na Indy 500, em 1967 e 1969, quando um Camaro conversível branco com listras laranja e interior laranja foi usado como pace car na tradicional prova em Indianápolis.
Segunda Geração: 1970-1981
A segunda geração do Camaro foi a que mais durou (11 anos) e a de maior sucesso (em termos de vendas) do modelo, mesmo em meio à crise de petróleo na década de 70 e controle de emissões mais rígidos, fazendo a potência de todos os modelos despencaremNem o top de linha Z-28 escapou da faca. Uma das principais mudanças dessa segunda geração foi a adoção de uma carroceria mais larga e com um centro de gravidade mais baixo (com desenho influenciado por modelos europeus) – características que culminaram numa melhor dirigibilidade.
Terceira Geração: 1982-1992
Já na década de 80, surgiu a terceira geração do Camaro, marcada por introduzir uma nova arquitetura, bem como uma suspensão dianteira mais moderna e um visual futurista para época, mais quadrado e com tampa traseira com vidro curvo. Na época, o chassi era reconhecido por proporcionar boa estabilidade, que evoluiu ainda mais com o pacote 1LE em 1988. Com o Camaro Z28 de 1982, o modelo conquistou o prêmio de carro do ano pela revista Motor Trend.
Quarta Geração: 1993-2002
Apesar de não ter ganho tanto destaque na época, a quarta geração do Camaro hoje em dia é cada vez mais valorizada pelo seu design e pelas opções de motorização. O visual trazia alguns elementos do antecessor, mas com linhas bem mais arredondadas e aerodinâmicas, com para-brisa mais inclinado, bem como melhorias no chassi e propulsores de maior potência. Em 1998, a frente ganhou um retoque com novos faróis e grade dianteira, coincidindo com a introdução do motor LS1-V8 do Corvette que resgatou nas versões Z28 e SS o desempenho dos velhos tempos.
Quinta Geração: 2010-2015
Depois de um hiato de oito anos, o Camaro renasceu em grande estilo. Ele trazia linhas inspiradas na primeira geração e o estilo retrô, com grande capô, grade com os faróis integrados e as quatro lanternas retangulares. A quinta geração trouxe a popularidade de volta para o modelo, passando a vender mais de 500.000 unidades e superar o Mustang por cinco anos seguidos nas vendas. Na quinta encarnação foram produzidas também as configurações 1LE, Z/28 e a ZL1.
Sexta Geração: 2016
Apresentada em maio do ano passado, a atual e sexta geração do Camaro manteve o desenho retrô, mas com um toque de modernidade. A plataforma mais leve e a adoção de novos motores fez com que o Camaro tenha levado novamente o prêmio de carro do ano de 2016 pela revista americana Motor Trend. Previstos para 2017, o pacote de performance 1LE e a versão ZL1 estrearão com maior potência.
O ZL1 é impulsionado por um V8 6.2 supercharger de 649 cv e uma inédita transmissão automática de 10 velocidades, e já fez bonito no mítico circuito alemão de Nürburgring, onde virou o tempo de 7 minutos 29 segundos, ficando à frente de superesportivos europeus como Porsche 911 GT2 e Paganiza Zonda F.
Com presença confirmada no Salão do Automóvel, a sexta geração do Camaro custa R$ 297.000 no Brasil. Apenas 100 unidades da série Fifty (que celebra os 50 anos do muscle car) serão comercializadas por aqui até o final do ano, sendo que 43 carros já foram encomendados. As versões SS nas carrocerias cupê e conversível só serão vendidas a partir de 2017.
A evolução (e involução) dos motores que equiparam o Camaro
Desde quando foi lançado há 50 anos, a potência do Camaro teve alto e baixos. Prova disso foi a variação de potência ao longo de cinco décadas, que variou de 89 cavalos a uma potência máxima de 588 cv – sem contar a nova geração o ZL1 de 649 cv que ainda não foi lançada.
Primeira Geração
O Camaro estreou como cupê no auge dos V8 de litragem estratosférica. Nas versões de entrada, ele tinha duas configurações com o motor seis cilindros, que tinha um mínimo de 141 cv e 30,4 mkgf de torque. Os modelos mais potentes equipados com V8 iam de 202 cv nas versões 5.0 a 380 cv nos modelos “big block” 6,5 litros. Já a mítica versão COPO ostentava um big block de 7,0 litros, que trazia entre 430 e 435 cv de potência.
Segunda Geração
Surgida em meio a um cenário tumultuado na indústria automobilística, com mudanças como gasolina sem chumbo para menores índices de emissões e maior enfoque na economia de combustível, o Camaro de segunda geração sofreu drásticas reduções de potência e torque na época marcada pela crise do petróleo. Para se ter uma ideia, em 1975 a configuração V8 do esportivo oferecia apenas 157 cv. Depois desse período, o Camaro não teve um motor com mais de 200 cv até meados dos anos 80.
Terceira Geração
Marcada pela introdução de novas tecnologias, a terceira geração foi a primeira do Camaro a ser equipada com motores de quatro cilindros. Entre 1982 e 1986, ele teve um 2.5 que gerava de 89 a 93 cv de potência – o primeiro usava carburador e o segundo injeção eletrônica. As versões V6 e V8 também adotaram injeção eletrônica. Em 1990, sinais de recuperação: o Camaro 350 desenvolvia 251 cv e 47,7 mkgf de torque.
Quarta Geração
Nesse período, o Camaro contava com dois motores, um V6 e um V8. O propulsor de base evoluiu a partir de uma versão de 162 cv do V6 3.4 para uma versão de 203 cv do V6 3.8. Em 1998, estava disponível para o Camaro o motor LS1 V8, que entregava 309 cv e 46,3 mkgf de torque.
Quinta geração
Na quinta geração, o Camaro mais “fraco” contava com 304 cv na versão equipada com um V6, passando para 327 cv e 38,4 mkgf de torque a partir de 2012. Já a topo SS trazia um V8 6.2 de até 432 cv, mais potente do que qualquer versão anterior equipada com bloco pequeno ou grande do auge da era dos muscle cars, rivalizando até com o mítico Camaro COPO de 1969. Também em 2012, o Camaro quebrou todos os recordes de potência e torque com a configuração ZL1, que gerava 588 cv e 76,8 mkgf de torque com um V8 6.2 supercharger. Em 2014, a marca ressuscitou o Camaro Z/28 com o enorme motor 7.0 aspirado de 512 cv e 66,5 mkgf de torque.