VW Gol GTI: 22 coisas que você talvez não sabia sobre o icônico esportivo
Curiosidades do Miau: há muito mais na história do mítico esportivo nacional do que apenas ter sido o primeiro carro nacional com injeção eletrônica
1 – No primeiro GTI, de 1989, o emblema com o símbolo Volkswagen na tampa do porta-malas era maior do que nos outros modelos da marca.
2 – A cor do filete do para-choque cinza e dos apliques laterais do GTI 89 não é azul Mônaco como da carroceria, mas sim Azul Cobalto.
3 – Além da injeção eletrônica o GTI foi o primeiro carro nacional a utilizar antena no teto rosqueável, que logo se tornou uma febre. A antena, aliás, assim como a injeção, era importada.
4 – No GTI 1989 o símbolo VW na grade dianteira não era cromado, mas sim pintado em prata fosco.
5 – O único opcional do GTI 1989 era o ar-condicionado.
6 – O GTI 1989 só era disponível a gasolina porque não existia injeção eletrônica para carros a álcool em nenhum lugar do mundo, uma vez que o combustível era de uso 100% nacional. Na época inclusive alguns técnicos diziam que era impossível adaptar a injeção ao álcool.
7 – O GTI deveria ter sido lançado com freios a disco nas quatro rodas, mas em cima da hora ficou apenas com discos ventilados nas rodas dianteiras.
8 – O consumo divulgado na época do lançamento pela fábrica veio apenas em uma média de uso misto, cidade/estrada: 14,6 km/l.
9 – O GTI tinha duas bombas de combustível. Uma delas ficava dentro do tanque.
10 – O sistema de injeção do GTI 1989 era multiponto.
11 – O GTI 1989 não tinha sonda lambda. O sistema se baseava em métricas como posição da borboleta de aceleração, RPM e temperatura do motor e do ar.
12 – O nome do modelo do banco Recaro do GTI 1989 é Ipanema.
13 – Existe uma confusão enorme quanto à grafia correta da sigla, em especial para o ‘i”: maiúsculo ou minúsculo? Nos GTI de primeira geração a fábrica usava nos materiais do carro o nome GTI com o i em maiúsculo, apesar de no emblema do carro o i estar em minúsculo. No geração 2 foi o oposto: o emblema tinha o I em maiúsculo mas os materiais da fábrica chamam o carro de GTi, com o i em minúsculo. Do contra, eu?
14 – Em 1995 o GTi, já em segunda geração, ganhou como opcional os freios ABS. O desenvolvimento do sistema foi realizado no Polo Norte, em Slagnas, cidade sueca da Lapônia, sobre a superfície congelada do lago Storavan.
15 – O porta-malas do GTI quadrado era maior do que o do bolinha: 330 litros contra 279 litros.
16 – O lançamento do Gol GTI 16V à imprensa foi realizado no Hotel Estância Atibainha, no KM 55 da Rodovia Dom Pedro I, na cidade de Nazaré Paulista, em 31/8/95. O hotel existe até hoje.
17 – Em 1995 o GTI respondia por 3% das vendas totais da linha Gol. O Gol 1000 era o líder com 54%.
18 – Em 1995, aliás, a VW tinha três modelos GTI em oferta no Brasil: além do Gol em versões 8V e 16V, havia o Pointer GTI e o Golf GTI.
19 – O Gol GTI 16V tinha uma cor exclusiva: Vermelho Dakar. As demais, comuns a outros modelos, eram Branco Geada, Vermelho Sport, Preto Universal, Verde light e Branco Nacar, perolizada. O Verde Light só vinha com acabamento em tecido: nessa cor não era oferecido acabamento interno em couro.
20 – O acabamento interno em couro do GTI 16V Vermelho Dakar trazia manopla e coifa do câmbio em couro vermelho.
21 – O GTI 16V foi o primeiro carro nacional a oferecer alarme com comando à distância, que controlava abertura e fechamento das portas, abertura do porta-malas e fechamento dos vidros.
22 – O MIAU, Museu da Imprensa Automotiva, realizará em outubro uma exposição homenageando os 30 anos da chegada do GTI ao mercado. Os destaques serão os materiais de época, muitos deles inéditos até hoje para o público em geral, como comunicados de imprensa da fábrica, fotos originais de divulgação, catálogos de época e manuais do proprietário, abarcando as três gerações do modelo. A mostra tem o apoio da Bosch e da Volkswagen.
Se você gostou dessa e curte outras histórias envolvendo carros, visite o Miau (Museu da Imprensa Automotiva): seu grande acervo conta essas e outras curiosidades por meio de revistas, fotos, livros e materiais de imprensa especializada.
O museu fica na Rua Marcelina, 108, na zona oeste de São Paulo. O site é o www.miaumuseu.com.br e o telefone, (11) 98815-7467. O horário de funcionamento é de quarta-feira a sábado, das 11h às 19h, e aos domingos, das 11h às 17h. Ingressos custam R$ 30.
Marcos Rozen
É jornalista especializado em automóveis e fundador do Museu da Imprensa Automotiva.