Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Óleo lubrificante com menor viscosidade é tendência e melhora os motores

Como as marcas conseguem lubrificantes com viscosidade cada vez mais baixa para melhorar eficiência, sem comprometer o nível de proteção

Por Fernando Miragaya
28 mar 2023, 10h00
Comparação de viscosidade
 (Divulgação/Quatro Rodas)
Continua após publicidade

Você já deve ter ouvido a expressão “cobertor curto”. É aquela perfeita definição para a dificuldade em se achar equilíbrio no atendimento de diferentes necessidades. Ganha-se de um lado, perde-se de outro. A indústria de lubrificantes encara esse desafio em meio a normas de emissões veiculares cada vez mais severas.

Sim, o mundo fala em eletrificação. Mas o fato é que a esmagadora maioria da frota mundial e brasileira é movida por motores a combustão, que precisam emitir menos poluentes e consumir menos combustível. Para tal, o grande foco das pesquisas é na viscosidade dos lubrificantes.

O grau de viscosidade à alta temperatura (HTHS – High Temperature High Shear) indica a capacidade de um óleo, sob calor elevado, de proteger e fluir rapidamente nas folgas de um motor. Por isso, ele é imprescindível nessa luta por mais eficiência.

Sustentável leveza do ser

Dessa forma, óleos mais leves são o principal caminho para atender as demandas ambientais. Contudo, diminuir a viscosidade ajuda na melhora da eficiência, mas é preciso garantir a proteção ao motor. Caso contrário, aquela eficiência vai por cárter abaixo.

“Todo esse downsizing, de motores compactos e turbos, demanda tecnologias que permitam a redução de viscosidade, que tragam eficiência energética e que mantenham o nível de proteção do motor”, explica Roberta Teixeira, diretora de sustentabilidade e tecnologia da Iconic (das marcas Ipiranga e Texaco).

Continua após a publicidade

Para atingir essa densidade menor, as marcas se valem de diversas tecnologias e matérias-primas refinadas. Óleos nobres e aditivos avançados ajudam na formulação de lubrificantes mais eficientes. Esses óleos mais nobres podem ser provenientes de gás natural e biocombustíveis. Já o pacote de aditivos engloba diversos componentes químicos que atuam na molécula do lubrificante – ou mesmo na superfície metálica do motor – para garantir proteção e desempenho.

E dentro desta era de eficiência, falamos geralmente de produtos sintéticos. Ou seja, os óleos minerais ou semissintéticos tendem a cair em desuso nos motores a combustão.

“Se passa a depender dos sintéticos, que permitem ser mais leves, ao mesmo tempo mais resistentes aos processos oxidativos. E precisa de tecnologia de aditivos modernos para garantir a vida útil do motor e sem contaminar os catalisadores. Essa formulação de maneira adequada e otimizada é que vai garantir todos esses requisitos”, afirma Roberta Teixeira.

Descida de graus 

O nível de viscosidade baixa a olhos vistos. Mesmo. No Brasil, muitos motores já se servem de graus de viscosidade 0W-20. O 1.0 do Chevrolet Onix, por exemplo, é um deles, enquanto seu antecessor, que equipava o Chevrolet Celta, usava 20W50. Porém, especialmente em mercados asiáticos, alguns projetos pedem grau 0W-16. E testes já estão em andamento para desenvolver lubrificantes 0W-12 e 0W-8.

Continua após a publicidade

“Viscosidade baixa é a tendência que todo mundo busca. Mas é preciso tecnologias que garantam a proteção do motor, especialmente sob temperaturas mais altas e condições severas. Os motores estão mais compactos e para isso é necessário ter lubrificante robusto e capaz de formar o filme protetor adequado”, afirma Leandro Laurentino, especialista de produtos da Iconic.

O efeito imediato pode ser conferido na bomba. Tais lubrificantes mais avançados e leves prometem economia de combustível que pode variar de 3 a até 5%, quando comparados a óleos mais densos.

Além disso, eles permitem uma fluidez mais rápida. Quanto menos viscoso o produto, mais rápido ele chega às partes mais extremas do motor, principalmente naquelas situações severas de partida a frio.

“Esses lubrificantes proporcionam um filme menos espesso, porém sem perda da proteção ao motor devido a uma melhor tecnologia obtida. Esse menor grau de viscosidade exige do motor um menor esforço para realizar o movimento dos pistões e isso resulta em eficiência”, explica Sandro Cattozzi, consultor técnico de lubrificantes da Raízen.

Continua após a publicidade

Viscosidade demais prejudica

Troca de óleo
Lubrificante ajuda a reduzir o consumo e as emissões dos motores a combustão (Divulgação/Quatro Rodas)

O cobertor é curto, mas a indústria de lubrificantes não tem deixado o pé de fora. O consumidor, porém, precisa fazer sua parte, porque colocar o óleo errado no carro seria como usar uma flanela para se proteger do frio.

Produtos de viscosidade maior que o indicado vão sobrecarregar o motor. O óleo vai demorar mais tempo a chegar a todas as partes do conjunto e o filme protetor pode ser ineficiente. Isso vai aumentar o atrito, a temperatura do motor (para o qual o lubrificante não foi projetado) e o consumo de combustível.

Continua após a publicidade

Além disso, a vida útil do propulsor será prejudicada. Formação de borra e até quebra do motor podem ser as consequências diretas de um óleo errado.

“Diferentemente do combustível, quando se coloca um óleo errado, o consumidor não percebe na hora. As falhas acontecem no médio prazo”, alerta a especialista Roberta Teixeira, da Iconic.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.