Mesmo usado, o Toyota Corolla da geração passada (vendida entre 2014 e 2019) ainda é um carro caro. Mas nem tente convencer seu público a olhar para rivais como Honda Civic, Chevrolet Cruze e Volkswagen Jetta: sua alta demanda faz com que a desvalorização do líder do segmento seja mínima.
Todas as versões oferecem bom conforto e espaço adequado a cinco adultos, além do porta-malas de 470 litros. Robusto, o sedã resistiu bem ao nosso teste de Longa Duração, figurando entre os mais bem avaliados após 60.000 km.
Boa parte ainda está na garantia de três anos, importante para um carro conhecido pela excelente liquidez e ótimo pós-venda. Ele também é cultuado pelos reparadores independentes, que elogiam a relativa simplicidade mecânica.
As versões do Toyota Corolla
Quem tiver pressa pode levar a versão XEi, que ainda figura como a mais vendida. Vem com o tradicional motor 3ZR-FE, um 2.0 de 154/142 cv, acoplado ao câmbio CVT Multi-Drive S, que tem sete marchas predefinidas, opção de modo esportivo e trocas manuais na alavanca ou por borboletas no volante.
O Corolla XEi traz ainda faróis de neblina, bancos de couro cinza, piloto automático, retrovisor fotocrômico, ar digital e uma central multimídia com tela sensível ao toque de 6,1 polegadas com Bluetooth, entrada auxiliar, USB, GPS, TV digital e câmera de ré.
O Toyota Corolla Altis acrescenta airbags de cortina, bancos de couro bege, faróis baixos com leds, banco do motorista elétrico, espelhos com rebatimento elétrico, acendimento automático de farol e partida por botão. Comum ao XEi e Altis são as rodas de liga leve raiadas e o painel com velocímetro e conta-giros nas mesmas proporções.
A versão GLi é a menos cara: perde o motor 2.0, ar digital, couro e multimídia, mas mantém cinco airbags (frontais, laterais e para joelhos do motorista), Isofix, faróis de neblina, roda de liga, chave canivete com alarme, computador de bordo e volante multifuncional.
É impulsionada pelo motor 2ZR-FBE, um 1.8 de 144/139 cv, com o CVT Multi-Drive sem opção de modo esportivo, mas com trocas na alavanca.
É a única com a opção do câmbio manual (seis marchas) e, a partir da linha 2016, bancos de couro na GLi Upper. A versão Dynamic traz espelhos e rodas pintados de preto e outros detalhes no interior.
Remodelado em 2017, o Corolla ganhou rodas aro 17, controle de estabilidade (ESP) e airbags de cortina. Marcou o retorno da versão esportiva XRS, caracterizada por aerofólio e outros apêndices aerodinâmicos. O patinho feio da família é o GLi destinado ao público PcD, que a partir de 2017 perdeu rodas de liga, volante multifuncional e até o rádio.
A geração 11 do Toyota Corolla saiu de linha em 2019. Após quatro anos, os carros 2019 ainda seguram preços acima dos R$ 100.000, enquanto um Toyota Yaris Sedan 0-km tem preços entre R$ 97.990 e R$ 126.690.
Segurança do Toyota Corolla
Da linha 2015 até a linha 2017, todos os Corolla GLi e XEi têm cinco airbags: dois frontais, dois laterais e um de joelho para o motorista. Além disso, sistema Isofix para cadeiras infantis. O Corolla Altis era o único com airbags de cortina, somando sete. Os sete airbags só se tornaram padrão na linha 2017, quando os controles de estabilidade e tração também passaram a fazer parte da lista de equipamentos de série de todas as versões.
Problemas e defeitos do Toyota Corolla
Câmbio automático. O CVT Multi-Drive não costuma apresentar problemas, mas deve ter o fluido checado a cada 20.000 km ou 24 meses, com troca obrigatória no uso severo aos 80.000 km ou 48 meses. Na dúvida, vale a pena trocar o fluido preventivamente.
Central multimídia. Na versão GLi, veja se a central multimídia foi instalada como acessório fora da rede, algo comum. Uma instalação malfeita pode danificar a parte elétrica, eliminando a garantia de fábrica.
Defletor dianteiro. Ponto fraco também na geração anterior, ele rompe facilmente em buracos profundos e em estradas de terra. Quando danificado, provoca barulho em altas velocidades e compromete o encaixe da capa do para-choque.
Freios. A espessura mínima deve ser de 1 mm para as pastilhas, mas há risco da sua base metálica entrar em contato com o disco. Na dúvida, faça a troca, já que o custo não é excessivo (R$ 579 o par).
Suspensão. A dianteira pode ter folgas nos batentes superiores dos amortecedores, por causa de batidas discretas. Cheque ainda se há sinais de vazamento nos amortecedores.
Recalls. Foram só dois, em todos os ano/modelo produzidos: mal funcionamento no módulo do câmbio CVT (versão GLi) e problema na ancoragem do cinto de segurança traseiro, que pode quebrar.
Preço médio dos Toyota Corolla usados (KBB
Modelo | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 | 2019 |
GLi 1.8 Flex 16V Manual |
R$ 75.500
|
R$ 77.400
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R$ 83.900
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– | – |
GLi 1.8 Flex 16V Automático |
R$ 77.000
|
R$ 79.700
|
R$ 82.900
|
R$ 88.200
|
–
|
GLi 1.8 Upper Flex 16V Automático | – |
R$ 79.100
|
R$ 83.505
|
R$ 88.400
|
R$ 94.409
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XEi 2.0 Flex 16V Automático |
R$ 83.000
|
R$ 86.400
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R$ 90.000
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R$ 101.886
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R$ 107.766
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Altis 2.0 Flex 16V Automático |
R$ 87.000
|
R$ 91.000
|
R$ 98.090 |
R$ 108.357
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R$ 114.482
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Dynamic 2.0 Flex 16V Automático | – | – |
R$ 89.100
|
– | – |
XRS 2.0 Flex 16V Automático | – | – | – |
R$ 101.700
|
R$ 107.100
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Preço das peças do Toyota Corolla
Peças | Original | Paralelo |
Para-choque dianteiro | 1.320 | 400 |
Farol completo | 1.970 | 790 |
Disco de freio | 579 | 409 |
Pastilhas de freio | 210 | 120 |
Amortecedores | 2.638 | 1.110 |
kit de embreagem | 1.534 | 1.170 |
A VOZ DO DONO
Nome: Alan de Almeida Barbosa
IDADE: 69 anos
profissão: aposentado
CIDADE: Rio Claro (SP)
O que eu adoro: “Esta é a melhor geração do Corolla: robusto, confiável, confortável e com o espaço que faltava no banco traseiro. O câmbio CVT extrai sempre o melhor do motor, com ótimo desempenho e baixo consumo.”
O que eu odeio: “Deixou de ser sedã médio: comprimento e largura exigem cuidado em garagens e vagas de estacionamento. A modulação do freio continua ruim e o ESP deveria ter sido de série desde 2015.”
NÓS DISSEMOS
Abril de 2014: “O comprimento total aumentou em 8 cm, atingindo 462 cm. No entre-eixos, o acréscimo foi de 10 cm (270 cm), e 0,5 cm na altura. A mudança de silhueta beneficiou o espaço para as pernas de quem viaja no banco traseiro. Na área dos joelhos, são 70,6 cm, um aumento de 8,5 cm, o que é muito numa mudança de geração.”
PENSE TAMBÉM EM UM…
Chevrolet Cruze 2ª geração. Esqueça outros japoneses: só o Cruze traz motor 1.4 com turbo e injeção direta desde a versão básica, LT, o que lhe garante desempenho superior aliado a um consumo menor quando comparado aos rivais com 2.0 aspirado. Os dois se igualam nos 2,7 metros entre os eixos e na suspensão traseira por eixo de torção.