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Mercedes Classe C usado é bom, mas pode decepcionar com a manutenção

O líder do segmento premium é um exemplo de conforto e eficiência, mas exige muita atenção na hora da compra

Por Felipe Bitu Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 out 2023, 00h57 - Publicado em 28 jun 2021, 08h45
C 250 Sport, da Mercedes-Benz, automóvel testado pela Revista Quatro Rodas.
Opção para quem aprecia luxo, conforto, segurança e status (Diego Cardoso/Quatro Rodas)

Maior e mais leve que seu antecessor, o Mercedes Classe C de quarta geração (W205) lidera o segmento em razão de suas virtudes: os 2,84 metros entre os eixos fazem dele uma ótima opção de sedã executivo e o porta-malas de 480 litros é bem adequado.

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Desde a apresentação, em 2014, a versão de maior sucesso é a C 180 com motor M274 1.6 e câmbio automático de sete marchas. Traz turbo e injeção direta, rende 156 cv e 25,5 kgfm e acelera de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos.

Na C 180 o pacote Avantgarde traz bancos com imitação de couro, central multimídia com navegador integrado e tela de 7”, ar-condicionado bizona, faróis de led, sistema start-stop, sensor de chuva, monitor de pressão dos pneus, airbags frontais, laterais e de cortina, ESP e rodas de liga leve de 17 polegadas. Mais luxuoso, o pacote Exclusive acrescenta moldura do painel de madeira e relógio analógico.

C 250 Sport, da Mercedes-Benz, automóvel testado pela Revista Quatro Rodas.
C 250 Sport, da Mercedes-Benz, automóvel testado pela Revista Quatro Rodas. (Diego Cardoso/Quatro Rodas)
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Mais forte e potente, o C 200 Avantgarde usa um motor M264 2.0 de 184 cv e incorpora sistema de estacionamento automático, acionamento elétrico para banco do motorista e modo de condução Sport+. 

O topo de linha era o C 250 Sport, que acelera de 0 a 100 km/h em 7 segundos, graças ao motor 2.0 recalibrado para 211 cv. É caracterizado pelo kit AMG com duas saídas de escapamento e rodas aro 18. Traz ainda faróis full-led, acabamento interno de madeira, suspensão esportiva e multimídia de 8,4”.

Todas as versões do Classe C foram nacionalizadas em 2016. As inovações mais importantes da linha 2017 foram o câmbio de nove marchas e as versões C 250 Avantgarde (211 cv) e C 300 Sport (245 cv).

Levemente reestilizado em 2019, o Classe C tornou-se o primeiro híbrido brasileiro com a apresentação do C 200 EQ Boost. Faz médias de 11,1 km/l de gasolina na cidade e 18,1 km/l na estrada, graças a um motor elétrico que auxilia o motor 1.5 de 183 cv.

MERCEDES C200
Painel do C 250 Sport, da Mercedes-Benz, automóvel testado pela Revista Quatro Rodas. (Diego Cardoso/Quatro Rodas)

E ainda acelera de 0 a 100 km/h em 8,6 segundos. A potência do C 300 Sport saltou para 258 cv no modelo 2020, com 37,7 kgfm de torque constantes entre 1.800 e 4.000 rpm. O C 180, por sua vez, recebeu o mesmo painel digital antes restrito aos irmãos.

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Independentemente da versão, o Classe C é sempre uma ótima escolha. Só é preciso atenção especial com o histórico de manutenções: sua complexidade mecânica exige conhecimento e ferramental específico, disponível apenas nas concessionárias ou oficinas dedicadas à marca Mercedes. Um Classe C com preço muito abaixo do mercado pode facilmente estourar o orçamento de um comprador menos atento.

Defeitos do Mercedes-Benz Classe C

  • Válvula termostática  O motor M274 utiliza uma válvula termostática eletrônica que pode apresentar falhas de funcionamento em quilometragens mais elevadas. A substituição não sai por menos de R$ 3.500, peça e mão de obra.
  • Bomba d’água  A bomba d’água do M274 também tem acionamento eletrônico e não deve ser negligenciada. O componente pode ser encontrado no mercado de reposição por cerca de R$ 4.000.
  • Câmbio 7G Tronic  A transmissão 722.9 pode apresentar falhas após partidas a frio, retenção indevida de marchas, deslizamento excessivo e trancos. Requer mão de obra especializada para avaliação do módulo eletrônico ISM e componentes como placa eletrônica e corpo de válvulas.
  • Suspensão O W205 não é um carro leve, o que resulta em menor vida útil de componentes como batentes, buchas e bieletas. Atenção especial ao estado dos amortecedores: se estiverem avariados, é melhor reconsiderar a compra ou pechinchar um grande desconto.
  • Start-stop  Não se esqueça de verificar a vida útil da bateria principal AGM e da bateria auxiliar do sistema start-stop: uma bateria auxiliar nova custa entre R$ 4.000 e R$ 6.000 e representa um grande impacto na manutenção de unidades que estejam fora do período de garantia.

A voz do dono

Nome: Marcio Barhun
Idade: 52anos
Profissão: Policial Civil
Cidade: Limeira (SP)

  • O que eu adoro: “Espaço adequado para cinco adultos e porta-malas enorme. O turbo garante excelente rendimento, com bom desempenho e muita economia. Padrão de acabamento interno e pintura impecável.”
  • O que eu odeio: “Pouca altura livre do solo. Instável em altas velocidades. Custo de manutenção elevado em revisões e peças. Faltam itens de série oferecidos por modelos de marcas mais populares.”

Preço médio dos usados do Mercedes-Benz Classe C de 4ª Geração

Tabela preços usados Mercedes
(Arte Quatro Rodas/Quatro Rodas)
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Preços das peças

Tabela Peças Mercedes
(Arte Quatro Rodas/Quatro Rodas)

 

Nós dissemos

Reprodução Revista
(Quatro Rodas/Quatro Rodas)

Outubro de 2018  “A suspensão macia não transpira desempenho em um primeiro momento, mas pode surpreender quem busca uma dinâmica mais afiada. (…) continua não sendo o sedã mais equipado ou rápido do segmento, apesar de ser mais caro. Mas o modelo entrega uma sensação real de solidez, além do status ainda consagrado da marca alemã.”

Teste de pista Mercedes-Benz C 180 Avantgarde

  • Aceleração 0 a 100 km/h: 9,4 s
  • Aceleração 0 a 1.000 m: 30,4 s – 176,9 km/h
  • Velocidade máxima: 223 km/h*
  • Retomada de 40 a 80 km/h: 4,0 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h: 5,0 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h: 6,4 s
  • Frenagens de 60/80/120 km/h – 0 m: 15,9/27,3/64,8 m
  • Consumo urbano: 11,2 km/l
  • Consumo rodoviário: 15,6 km/l

*Dado de fábrica

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Ficha técnica – Mercedes-Benz C 180 Avantgarde

  • Motor: flex, dianteiro, longitudinal, 4 cilindros, turbo, 16V, 1.595 cm3; 83 x 73,7 mm, 10,3:1, 156 cv a 5.300 rpm, 25,5 mkgf a 1.200 rpm
  • Câmbio: automático, 9 marchas, tração traseira
  • Suspensão: duplo A (dianteira)/multibraço (traseira)
  • Freios: disco ventilado (dianteira) / disco sólido (traseira)
  • Direção: elétrica, diâmetro de giro 11,2 m
  • Rodas e pneus: liga leve, 225/50 R17
  • Dimensões: comprimento, 468,6 cm; larg. 181,0 cm; altura, 144,2 cm; entre-eixos, 284,0 cm; peso, 1.425 kg; tanque, 66l; porta-malas, 480 l
  • Itens de série: sete airbags, faróis de leds, sistema de estacionamento automático, ar-condicionado digital com duas zonas

Pense também em um…

Audi A4 B9

Audi A4 (B9)  Maior espaço interno e melhor qualidade no acabamento interno quando comparado ao Classe C. O desempenho é sempre satisfatório, graças ao motor 2.0 TFSI com turbo e injeção direta, aliado ao câmbio S-Tronic de sete marchas. As versões mais caras trazem faróis full-led, detector de pedestres, head-up display e som Bang & Olufsen.

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Capa de QUATRO RODAS 746
A edição 746 de QUATRO RODAS já está nas bancas! (Arte/Quatro Rodas)
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