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Kia Picanto usado é opção de carro automático econômico e barato

Com fartura de equipamentos, acabamento acima da média e opção de câmbio automático, ele é perfeito para quem não precisa de muito espaço

Por Guilherme Fontana Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 nov 2024, 15h13 - Publicado em 2 nov 2024, 15h00
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  • A segunda geração do Kia Picanto chegou ao Brasil em meados de 2011, já como linha 2012. Apesar das dimensões continuarem diminutas, a evolução do modelo foi grande: ele ficou mais sofisticado, ganhou aparência mais atraente e recebeu um conjunto mecânico mais moderno.

    Seu grande atrativo, na época, era o fato de ser o primeiro carro 1.0 com câmbio automático. Também por isso, é um dos carros automáticos mais novos e eficientes no mercado de usados.

    Os traços e volumes mais modernos e robustos finalmente atraíram os olhares do público masculino para o Picanto, ainda distante de modelos pequenos e com aparência delicada.

    kia-picanto
    Na traseira, as luzes de ré declararam independência em relação as lanternas (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Na dianteira, por exemplo, ele ganhou faróis e grades com aspecto agressivo em relação à geração anterior. Atrás, as luzes da ré se separaram das lanternas e foram para o para-choque.

    As rodas de liga leve, itens de série, eram sempre de 14 polegadas. No lançamento, os preços variavam entre R$ 34.900 (manual) e R$ 44.900 (automático).

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    Por dentro, o Kia Picanto também agrada com boa montagem e desenho atual. No entanto, fazem falta o marcador de temperatura do motor, o travamento automático das portas com o veículo em movimento (presente nas unidades norte-americanas e europeias) e o destravamento das portas com a retirada da chave da ignição.

    Interior do Picanto tem bom acabamento e desenho moderno
    Interior do Picanto tem bom acabamento e desenho moderno (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Havia apenas uma opção de motor, mas com uma grata evolução para o mercado brasileiro. Debaixo do capô, ele estreava o 1.0 12V de três cilindros com 80/77 cv e 10,2/9,6 mkgf com etanol/gasolina, que até hoje é usado no Hyundai HB20.

    O câmbio poderia ser manual de cinco marchas ou automático de quatro, como o testado por QUATRO RODAS na ocasião do lançamento.

    Volante, banco do motorista e cintos são ajustáveis em altura
    Volante, banco do motorista e cintos são ajustáveis em altura (Marco de Bari)
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    Na pista, ele foi de 0 a 100 km/h em 17,1 segundos e fez as médias de consumo de 9,6 e 12 km/l na cidade e na estrada, respectivamente, quando abastecido com etanol. Apesar da leveza em manobras e situações corriqueiras, ele sofre em retomadas e subidas muito íngremes (especialmente se estiver carregado e com ar-condicionado ligado).

    Um dos principais trunfos do Picanto sempre foi a lista de equipamentos. Desde a configuração mais barata, ele trazia trio elétrico, rodas de liga leve, sistema de som, direção elétrica e ar-condicionado. São raras as configurações com airbags laterais e de cortina, teto solar e leds em lanternas e faróis, mas elas existem.

    Apesar do espaço não ser generoso, banco traseiro possui cintos de três pontos e apoios de cabeça para todos
    Apesar do espaço não ser generoso, banco traseiro possui cintos de três pontos e apoios de cabeça para todos (Marco de Bari)

    Espaço não é o forte do subcompacto. Quem vai atrás, porém, pode até não ir confortável, mas vai seguro: há cintos de três pontos para todos. O porta-malas leva 292 litros, pouco mais do que o VW Up!, que tem 285.

    A segunda geração do Kia Picanto saiu de linha no Brasil em 2017. A terceira geração até foi vendida no Brasil, mas quase como uma série especial: apenas 100 unidades foram importadas, todas da versão esportivada GT e com a mesma combinação do motor 1.0 com o câmbio automático. Estes carros já têm central multimídia com Android Auto e Apple Carplay e até banco de couro.

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    O Kia Picanto usado oferecer bom custo-benefício e não é difícil encontrar carros em bom estado. O sucesso dos Kia contemporâneos a ele também incentiva um bom mercado de peças de reposição. Além do mais, o compartilhamento de peças do motor com o Hyundai HB20 facilita bastante as manutenções corriqueiras.

    Porta-malas leva até 292 litros, mas bancos podem ser rebatidos
    Porta-malas leva até 292 litros, mas bancos podem ser rebatidos (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    A voz do dono

    “Fiz test drive em Onix, HB20, Mobi e Up!. Todos me agradaram, mas bastou dar um pulo na Kia para ver onde o Picanto se destacava: acabamento impecável. Como somos somente minha noiva e eu, rebatendo os bancos traseiros ganhamos um porta malas digno de uma perua, com a comodidade de um carro minúsculo.”

    O que eu gosto: “O carro me agradou pelo seu baixo consumo (comprei a versão manual) e por seu visual. Para quem gosta e precisa de carro pequeno, é uma sacada perfeita.”

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    O que eu odeio: “Para famílias com mais de duas pessoas, o porta malas não atenderá muito bem; outra coisa, não espere ultrapassar com muita facilidade na estrada caso esteja por volta dos 100 km/h. As retomadas são um pouco lentas (típico de qualquer carro 1.0).”

    Leonardo Amoyr, 27 anos, empresário, Campos dos Goytacazes (RJ)

    Picanto AT
    Primeiro 1.0 automático do Brasil, Picanto tinha apenas quatro marchas (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Problemas e defeitos do Kia Picanto

    Barulho na partida – Inúmeros proprietários relatam barulhos, como arranhões, na partida do veículo – mesmo em unidades com menos de 10.000 km rodados. Na maior parte dos casos, dois componentes contribuem para o ruído: a bateria, que prejudica o motor de arranque, e o bendix do próprio motor de arranque.

    Marcador de combustível – Este talvez seja o problema com maior número de reclamações. O marcador de combustível apresenta variações durante o uso do carro – podendo marcar como vazio um tanque cheio. A avaria acontece pela oxidação (ou até a queima) da boia de combustível, que perde a capacidade de reconhecer o nível real de combustível presente no reservatório.

    kia-picanto
    Dianteira do compacto ganhou faróis e grades maiores (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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    Lote sem ABS – Por um erro de estratégia (assumido pela marca, na época), o primeiro lote importado da nova geração chegou ao país sem freios ABS. Atualmente obrigatório em modelos zero quilômetro, o item pode fazer diferença na hora da revenda.

    Câmbio de quatro marchas – Apesar do benefício ao pé esquerdo e do pioneirismo no mercado brasileiro, o câmbio automático tem apenas quatro marchas. Além de limitar o desempenho do modelo, que já não apresenta bons números, prejudica também o consumo por trabalhar sempre em rotações mais elevadas do que em transmissões com cinco ou seis marchas.

    Revisões não tabeladas – Uma das principais críticas no lançamento da atual geração do Picanto no Brasil foi a falta de preços fixos para as revisões. A ausência só foi resolvida pela Kia agora, em 2016, com a divulgação dos preços das manutenções em seu site. No entanto, os valores valem apenas para carros a partir do ano/modelo 2016. Os anteriores (de 2012 a 2015) continuam desamparados.

    Preço médio dos Kia Picanto usados

     
    Modelo/Ano 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
    Picanto 1.0 manual R$ 29.454
    R$ 35.858
    R$ 39.104
    R$ 40.144
    R$ 43.534
    R$ 44.205
    R$ 46.243
     Picanto 1.0 automático
    R$ 34.897
    R$ 39.104
    R$ 41.234
    R$ 47.064
    R$ 50.774
    R$ 54.590
    R$ 55.544
    Picanto 1.0 GT AT
    R$ 61.128

    Nós dissemos…

    Picanto 1.0 - ed. 617
    Para-choque integrado à grade está mais perto do chão: estilo mais esportivo (Robert Hoernig/Quatro Rodas)

    Setembro de 2011 –O Picanto sempre foi completo de série. Ar-condicionado, direção com assistência elétrica, airbag duplo, rodas de liga leve, travas, vidros e retrovisores com acionamento elétrico e som completo fazem a alegria do comprador. Em nova geração, o urbano da Kia mantém o bom pacote de equipamentos e adiciona dois ingredientes a que o brasileiro não resiste: desenho atraente e motor flex.”

    Picanto 1.0 - ed. 617
    Para-choque traseiro alto restringe o acesso ao porta-malas (Robert Hoernig/Quatro Rodas)
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