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Chevrolet Agile ajudou a GM a sair do sufoco e usado parte dos R$ 26.000

Espaçoso e bem equipado, o Chevrolet Agile está um degrau acima dos carros populares da sua época e usa a mesma plataforma do Celta

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 fev 2025, 21h49 - Publicado em 23 fev 2025, 15h40
Chevrolet Agile 1.4 LTZ
Agile LTZ 1.4 Flex, modelo 2009 da Chevrolet, testado pela Quatro Rodas. (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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Lançado no Brasil em 2009, o Chevrolet Agile foi criado para ajudar a tirar a GM do sufoco agravado pela crise econômica de 2008. Os engenheiros readequaram uma antiga (mas confiável) plataforma e adicionaram vários itens de série e a nova identidade da marca: a ampla grade dividida.

A tal plataforma confiável era a GM 4200, da primeira geração do Corsa e que ainda era usada pelo sedã Classic e pelo Celta. Apesar de controverso em vários aspectos, nem o estilo do Chevrolet Agile deteve seu sucesso.

Chevrolet Agile 1.4 LTZ
Agile LTZ 1.4 modelo 2010 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Essa nova abordagem maior com uma plataforma de carros pequenos encantou o público. O Agile tinha espaço interno generoso, a posição de dirigir elevada que os motoristas só costumavam encontrar em carros mais altinhos e o porta-malas de 327 litros.

Chevrolet Agile 1.4 LTZ

Piloto automático, computador de bordo e acendimento automático dos faróis eram alguns dos equipamentos do Agile que massageavam o ego de quem dava adeus aos carros populares: brigava em um andar acima, com VW Fox, Fiat Idea e Renault Sandero.

Chevrolet Agile 1.4 LTZ

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Impulsionado pelo tradicional motor 1.4 8V (102/97 cv), ele anda tão bem quanto bebe. A elevada altura do solo encara bem a buraqueira das cidades, sem comprometer a estabilidade. Mas deixa a desejar em acabamento, alto nível de ruído na estrada e detalhes como os pedais malposicionados, o dreno do ar que deixa pingar água na cabine, o porta-malas que só abre com a chave e as eventuais panes na injeção e ignição.

Chevrolet Agile 1.4 LTZ

Mas não pense que o Chevrolet Agile é um carro frágil: resistiu incólume aos 60 000 km do nosso teste de Longa Duração. Apesar de seus pecadilhos, ele é uma ótima compra, pois é difícil achar um modelo tão espaçoso, pouco rodado e equipado por esse preço.

Chevrolet Agile 1.4 LTZ
Porta-malas do Agile LTZ modelo 2011 da Chevrolet, durante teste comparativo da Revista Quatro Rodas. (Marco de Bari/Quatro Rodas)

O Chevrolet Agile mais barato é da versão LT, com ar-condicionado, direção hidráulica, banco do motorista com regulagem de altura, limpador traseiro, computador de bordo, piloto automático e travas e vidros dianteiros elétricos. Airbag era opcional, mas cuidado: em fevereiro de 2010, o ar e o comando elétrico de travas e vidros deixaram de ser de série.

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Chevrolet Agile 1.4 LT
Chevrolet Agile 1.4 LT (Marco de Bari/Quatro Rodas)

A versão ideal é sempre o Agile LTZ, independente do ano, pois ainda tem rodas de liga, retrovisores elétricos, faróis de neblina, rádio com Bluetooth e entradas auxiliares, alarme, direção com ajuste de altura e banco traseiro bipartido e dianteiro rebatível. Mas não baixe a guarda: airbag duplo e freios ABS, só como opcionais.

Chevrolet Agile 1.4 LTZ
Agile LTZ modelo 2014 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Ainda existiu o câmbio automatizado Easytronic a partir da linha 2013, com a evolução do criticado câmbio automatizado da Meriva, e sempre baseado na versão LTZ.

Chevrolet Agile 1.4 LTZ
Chevrolet Agile 1.4 LTZ (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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O Agile ainda passou por uma leve reestilização realizada no fim de 2013, que até mudou bem o desenho da dianteira, uma das partes mais criticadas do projeto, mas traseira e interior se mantiveram praticamente inalterados. Mas não durou muito: saiu de linha em setembro de 2014, junto com o Sonic, porque as vendas de ambos foi prejudicada pelo lançamento do Onix em 2012.

Chevrolet Onix
Chevrolet Onix e Chevrolet Agile (Marco de Bari/Quatro Rodas)

O Chevrolet Agile era fabricado na Argentina, onde sua produção só foi encerrada no final de 2016.

Fique atento

As primeiras unidades do Chevrolet apresentaram falhas no motor, tão graves que foram alvo da seção Autodefesa por duas vezes (março de 2010 e maio de 2012): apagões repentinos em ultrapassagens e frenagens só são eliminados após a reprogramação do módulo da marcha lenta.

Problemas e defeitos do Chevrolet Agile

Coxins do motor – Problema de fácil solução, geralmente confundido com desgaste da embreagem: quando rompidos, os coxins provocam trepidações nas arrancadas. Uma simples análise visual já identifica o problema.

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Chevrolet Agile 1.4 LTZ
(Marco de Bari/Quatro Rodas)

Ponteira do escapamento – Verifique se ela está presente e sem sinais de corrosão aparente: há casos em que ela cai e provoca a concentração de gases quentes no assoalho do porta-malas, fato agravado pela ausência de isolamento térmico no local. Em casos extremos, pode até derreter o revestimento interno.

Ignição – Os sintomas do problema no sistema são a luz de anomalia no painel que pisca e as pequenas falhas no funcionamento do motor. O scanner quase sempre indica defeito na bobina, que custa em torno de 500 reais na autorizada.

Easytronic – Você optou pelo câmbio automatizado? Antes de fechar negócio, leve o veículo a uma oficina e peça uma avaliação do estado da embreagem, dos atuadores hidráulicos e do módulo eletrônico, que sozinho pode custar mais de 5 000 reais.

Recall – Para alguns modelos 2010, pode ser necessária a troca da mangueira de combustível, que pode rachar e provocar vazamento.

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Chevrolet Agile 1.4 LTZ
Frente do Agile LTZ 1.4 Flex, modelo 2009 da Chevrolet, testado pela Quatro Rodas. (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Preços de tabela Fipe dos Chevrolet Agile usados:

Modelo 2010 2011 2012 2013 2014
Chevrolet Agile LT 1.4 MT R$ 26.017 R$ 28.890 R$ 31.252 R$ 32.288
Chevrolet Agile LTZ 1.4 MT R$ 31.007 R$ 31.874 R$ 32.671 R$ 35.407 R$ 39.072
Chevrolet Agile LTZ 1.4 Easytronic R$ 33.099 R$ 37.315

Pense também em um…

Renault Sandero
Versão Dynamique agora é exclusividade de Stepway e Logan (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Renault Sandero – Apesar de não vir tão equipado quanto o Agile, o hatch da Renault é referência em espaço interno, além de oferecer três opções de motorização, todas flex: 1.0 16V (77/76 cv), 1.6 8V (95/92 cv) ou 1.6 16V (112/107 cv), dependendo da versão escolhida. A mais indicada é a intermediária Expression, que já traz direção hidráulica, limpador traseiro e ar quente como equipamentos de série. Além dos três anos de garantia, outra vantagem inegável do Sandero é o câmbio automático de quatro marchas da versão Privilège. Apesar de tecnologicamente antigo, funciona melhor que a transmissão automatizada Easytronic do Agile.

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