Xiaomi se nega a exportar seu carro elétrico, que já está ganhando o mundo

Fotos de uma aparição do Xiaomi SU7 nas ruas de Paris, na França, em frente a uma loja da fabricante de eletrônicos e smartphones, deu o que falar. Isso levantou a possibilidade da marca chinesa estar preparando o lançamento do seu primeiro carro na Europa. Mas isso é apenas efeito de todo o burburinho gerado por seu lançamento.

O carro estava lá apenas como parte de uma exposição da Xiaomi chamada “People, Cars and Homes Full Ecology”, uma forma de aproveitar as Olimpíadas e o fluxo de torcedores por Paris. O mesmo carro já havia aparecido em um evento da indústria de imóveis em Barcelona, na Espanha.

Na verdade, a Xiaomi nem sequer pretende iniciar a exportação dos seus carros tão cedo. O objetivo, por agora, é se estabelecer no mercado chinês normalizando a produção do Xiaomi SU7 para conseguir atender à demanda doméstica pelo carro elétrico.

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Ainda assim a Xiaomi tem planos audaciosos. Seu CEO, Lee Jun, disse que a fabricante visa se posicionar entre as cinco maiores montadoras de automóveis do mundo, mas só se tornarão globais no momento certo. Em transmissão ao vivo, declarou que a Xiaomi vai se esforçar para entrar no mercado europeu antes de 2030 e que, no momento, não exportará seus carros.

Mas isso não impedirá que o Xiaomi SU7 ganhe o mundo por meios próprios. Ou melhor, com a ajuda de importadores independentes que já começaram a levar o carro elétrico para fora da China antes que a Xiaomi faça isso por meios oficiais.

O principal canal para exportação tem sido a Rússia, com cerca de 50% do total. Já o Oriente Médio é responsável por outros 30%. Quem sabe, daqui a pouco, não veremos um Xiaomi SU7 pelas ruas brasileiras. Antes disso, porém, já testamos o carro na China.

O que desperta o interesse dos revendedores são os bons lucros que conseguem obter comprando o carro na China e, em seguida, revendendo em seus países. O lucro ficaria entre US$ 1.400 (R$ 7.800) até US$ 8.250 (R$ 46.500) aos revendedores.