A participação da Volkswagen no mercado automotivo chinês vem caindo desde fevereiro, quando foi superada pela BYD como a maior montadora da China em vendas.
De acordo com dados do China Automotive Technology and Research Center, a BYD vendeu 595.300 veículos híbridos e elétricos plug-in no segundo trimestre, o que aumentou sua participação geral no mercado para 11,2%. Enquanto isso, a VW vendeu um total de 544.000 veículos no mesmo período, sendo 23.433 deles elétricos.
Anteriormente, a Volkswagen ocupava a posição de maior fabricante da China com ampla vantagem, mas agora controla cerca de 10% do mercado. Esse número representa uma queda significativa em relação aos aproximadamente 15% que a VW manteve entre os anos de 2008 e 2020. Esse declínio coincide com o crescimento de marcas chinesas como BYD e Changan, que ganharam destaque no mercado automotivo chinês.
Uma das principais razões para a mudança na liderança é o desenvolvimento de veículos elétricos cada vez mais acessíveis pelas marcas chinesas. Um exemplo disso é o lançamento do BYD Seagull, um hatch elétrico de 73.800 yuans, o equivalente a US$ 10.345 ou menos de R$ 50.000 no câmbio atual. Ele, inclusive, chega ao Brasil em 2024 com chances de se tornar o elétrico mais barato do Brasil.
A VW e outras montadoras estrangeiras têm enfrentado dificuldades em oferecer carros elétricos competitivos na China, a ponto de a empresa estar se associando à fabricante local Xpeng com a intenção de desenvolver carros exclusivos para a China. Mesmo a Tesla, que tem seu foco em comercializar apenas veículos elétricos, está atrás da BYD mesmo quando comparadas apenas as vendas de carros elétricos.
O mercado de veículos elétricos e híbridos plug-in está em ascensão na China, registrando um aumento de 25% nas vendas em junho, com um total de 736.000 unidades comercializadas. Isso significa que aproximadamente dois em cada cinco carros vendidos no país são eletrificados.