A Volvo foi uma das primeiras montadoras a entrar de cabeça na eletrificação e até prometer uma linha totalmente elétrica. O anúncio original desta ação foi feito em março de 2021. Em maio deste ano, o atual CEO da marca, Jim Rowan, se disse confiante de que em apenas cinco anos a Volvo poderia encerrar as vendas de veículos a combustão.
Porém, no cenário atual, isso não se concretizará. Durante um evento no final de julho, o executivo admitiu que não será possível transformar a Volvo em uma marca totalmente elétrica até o final da década. A montadora sueca está oficialmente reajustando suas metas de eletrificação.
A nova programação da marca é que híbridos plug-in e elétricos sejam responsáveis por pelo menos 90% das vendas anuais da Volvo até 2030. Carros a combustão seguirão disponíveis por algum tempo ainda, mas em um número limitado e sempre com sistema híbrido leve – que nem pode ser considerado híbrido de fato.
Diversos fatores foram fundamentais para uma transição mais lenta na eletrificação da Volvo. O desenvolvimento da infraestrutura de carregamento está caminhando em passos lentos em todo o globo. Além disso, as vendas de elétricos diminuíram muito, principalmente, na Europa.
A marca sueca culpa também a redução de incentivos para carros elétricos em diversos países, bem como as altas tarifas para o setor.
Até 2025, a Volvo espera que os carros híbridos plug-in e elétricos sejam responsáveis por pelo menos 50-60% das vendas totais. No segundo trimestre deste ano, a marca alcançou apenas 48%, sendo 26% apenas de carros elétricos.
A longo prazo, a Volvo quer alcançar a taxa zero de emissões gases até o fim de 2040. Há um grande caminho pela frente, mas, quem sabe, os planos podem mudar novamente ao passar dos anos.
A Volvo não é a primeira e nem vai ser a última montadora a recuar da agente de eletrificação. Já vimos empresas como Ford, Mercedes e até Porsche voltarem atrás de seus planos iniciais.